Falta de libido: como tratar com a ajuda da psicoterapia?

27.03.2021

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Falta de libido: como tratar com a ajuda da psicoterapia?

27.03.2021

É normal, ocasionalmente, sentir dificuldade para se excitar antes ou durante o sexo. Quando esse problema se torna recorrente, no entanto, começa a afetar a autoestima, o humor e até o relacionamento.

Muitas pessoas não sabem, mas a ausência de desejo sexual pode estar relacionada à saúde mental. Estresse, depressão e ansiedade são alguns dos fatores psicológicos que podem reduzir a vontade e o aproveitamento do sexo. A solução para esse problema tão frustrante pode ser encontrada na psicoterapia.

Causas da falta de libido
A redução da libido sexual não impacta somente a satisfação do sexo, mas também a convivência do casal e a saúde mental. A sexualidade é um elemento natural da existência humana e qualquer disfunção relacionada a ela pode resultar em estresse.

A causa da redução repentina da libido merece ser investigada com atenção para que enfermidades graves sejam descartadas. A idade do indivíduo e o histórico de saúde influenciam a qualidade do impulso sexual.

Para os mais velhos, a redução ou perda da libido normalmente está associada à diminuição na produção de hormônios e problemas na tireoide. Também pode ser um sintoma colateral do uso de determinados medicamentos.

Do mesmo modo, hábitos nocivos para a saúde, como fumar e consumir álcool exageradamente, reduzem a qualidade da vida sexual, podendo levar à perda do desejo sexual.

Já a causa mais recorrente entre indivíduos jovens e saudáveis é de origem psicológica. O jovem adulto pode estar no auge da saúde física, mas não conseguir controlar as suas emoções e sentimentos. Autoestima e estados de humor negativos podem causar a redução ou desaparecimento do desejo sexual.

Uma pessoa que não tem mais interesse em encontros íntimos com o parceiro, envolvendo sexo ou não, deve se perguntar o porquê disso. Algumas respostas podem não estar ligadas ao relacionamento em si.

Estresse no trabalho, preocupações financeiras, desgosto pela aparência, ansiedade descontrolada e até depressão podem atrapalhar a vontade de fazer sexo. Quando o apetite sexual desaparece repentinamente, é bem provável que a causa seja psicológica.

Ainda assim, o médico deve ser consultado para descartar patologias físicas. Doenças renais e câncer, por exemplo, são enfermidades que afetam o desejo sexual. Se os exames não identificarem nenhum problema com o corpo, a questão provavelmente será resolvida com o tratamento da saúde mental.

Como a saúde mental afeta o desejo sexual?
Para despertar o apetite sexual, as pessoas precisam de toques, conversas picantes, imaginação e fantasias. Quando não se está bem emocionalmente, entregar-se para esse “ritual” não é tão prazeroso.

A pessoa deprimida tende a se isolar, estar com humor desanimador e ficar quieta em seu canto devido à fadiga que debilita o corpo.

Já a pessoa que não consegue administrar altos níveis de ansiedade não consegue relaxar, está com o pensamento longe durante a relação sexual e fica desconfortável facilmente. Uma palavra interpretada de maneira errada pode ser o suficiente para deixá-la apreensiva.

O estresse, em especial, atrapalha diversas funções fisiológicas. O aumento de cortisol no organismo eventualmente pode refletir na resposta ou no desempenho sexual.

Quando isso acontece, o homem ou a mulher ficam frustrados e, consequentemente, mais estressados. Assim, adentram um ciclo sem fim em que estresse gera mais estresse.

O sexo é um ato de amor, prazer e relaxamento. As pessoas dedicam-se somente ao ato sexual quando os seus níveis de excitação estão normais. Ou seja, não são distraídas por devaneios desagradáveis ou preocupações com o corpo.

Qualquer perturbação na saúde mental pode causar distração durante o sexo e o desregulamento do funcionamento do organismo.

Os incômodos psicológicos e emocionais não incomodam somente a mente. Eles também impactam a saúde física e podem ser os responsáveis pelo surgimento de doenças psicossomáticas.

A falta de libido repentina e recorrente não deve ser encarada com frustração, raiva ou desgosto. Ter problemas sexuais pode soar como o fim do mundo, mas é preciso ter calma ao constatar a existência de disfunções e buscar tratamento.

É Através de muita conversa, reflexão, autoconhecimento e, sobretudo, modificação de comportamentos nocivos, o paciente eventualmente consegue sanar as pendências emocionais que afetam o corpo na terapia.

Para recuperar a libido, é preciso saber qual fator está interferindo na vida sexual. É depressão, estresse, insônia, ansiedade ou pânico? Existem muitos transtornos que passam despercebidos pelos próprios pacientes.

Embora eles possam experimentar alguns sintomas de vez em quando, não conseguem identificá-los e conectá-los ao desequilíbrio do bem-estar emocional.

Não raro as pessoas concluem que uma atitude, pensamento ou emoção atípica é, na verdade, obra delas mesmas. Pensam ser uma parte adormecida da personalidade e, assim, seguem sem buscar respostas para os seus desconfortos emocionais.

Se o conjunto de comportamentos, emoções e pensamentos não resultar em felicidade e satisfação na vida diária, algo está errado. O estado emocional ideal é o de contentamento com o cônjuge, os relacionamentos, o trabalho e os demais componentes da vida.

A terapia é onde as pessoas podem buscar alívio emocional e, consequentemente, reviver o apetite sexual. Para isso, o paciente possui três opções viáveis:

Terapia sexual
O estigma de falar sobre os problemas na cama motiva o silêncio. Há quem nem chega a procurar um médico para investigar se está fisicamente doente ou não!

O psicólogo dedicado a ajudar pessoas com questões relacionadas à sexualidade humana é chamado de sexólogo. Ele possui o conhecimento necessário para orientar pacientes sobre suas vidas sexuais e tratar emoções e sentimentos nocivos. Na consulta com esse profissional, os tabus e a vergonha estão proibidos!

O paciente é livre para falar sobre os fatores que o incomodam durante o sexo. É a imagem corporal? É o desinteresse pelo parceiro? É a falta de prazer? Todas as informações íntimas serão mantidas em sigilo, conforme preza o acordo de privacidade estipulado entre paciente e psicólogo.

Terapia Individual
Se o paciente preferir focar em outras áreas que necessitam de ajuda psicológica urgente, pode buscar a terapia individual. O foco dessa modalidade são os problemas expostos pelo paciente. Esses podem ter relação com qualquer coisa: carreira, família, relacionamento afetivo, amizades, insegurança, desânimo, falta de perspectiva de vida, entre outros.

Ao tratar as principais questões emocionais e psicológicas que geram sofrimento, o corpo físico deixa de sofrer a ação da saúde mental debilitada. O tratamento pode ser longo, mas certamente irá ajudá-lo a ter uma vida sexual mais prazerosa.

Terapia de casal
Desentendimentos conjugais podem ser a causa da falta de libido. Nesse caso, a terapia de casal é mais eficiente para abordar questões da vida a dois.

O psicólogo dessa modalidade faz a mediação entre o casal para minimizar brigas e conflitos durante as consultas. Assim, a conversa é conduzida com tranquilidade e ambos têm espaço para expor as suas queixas.

A terapia de casal também pode ser a solução para quem está em um relacionamento debilitado, mas deseja consertar a relação com o cônjuge.

Fonte: Tatiana Pimenta

Gilberto Gomes Barreto Filho
CRP 13/9034
GILBERTO BARRETO - Psicologia Clínica
CRP - PJ/0161


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Dr. Gilberto Barreto

Psicólogo | | Psicanálise | Sexualidade Humana
CRP 13/9034
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