Compartilhe
A implantação do DIU (Dispositivo Intrauterino) é um procedimento ginecológico simples e rápido, utilizado como método contraceptivo de longo prazo. Seu tempo de atuação varia de 3 a 10 anos, a depender do tipo de DIU. O hormonal (geralmente contendo levonorgestrel) dura entre 3 e 5 anos e o DIU de cobre, 10 anos.
Ambos os tipos impedem a gravidez de diversas formas, através dos seguintes mecanismos:
- Espessando o muco cervical: dificultando a passagem dos espermatozoides para o útero.
- Alterando o revestimento do útero: impedindo a implantação de um óvulo fecundado.
- Reduzindo a mobilidade dos espermatozoides: dificultando que eles encontrem o óvulo.
Por que escolher o DIU?
- Alta eficácia: Um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com taxas de falha muito baixas, de 0,2% para o hormonal e 0,8% para o de cobre.
- Longa duração: A maioria dos DIUs pode durar de 3 a 10 anos, dependendo do tipo.
- Reversível: A fertilidade retorna rapidamente após a remoção do DIU, sua retirada ocorre no próprio consultório
- Baixo custo: imagine a economia de parar de comprar anticoncepcional por 10 anos.
- Discreto: Uma vez inserido, o DIU não é percebido.
- Seguro: É seguro para a maioria das mulheres, mas é importante consultar um médico para verificar se você é uma boa candidata.
- Manutenção: Não é necessário fazer manutenções frequentes, mas recomenda-se uma consulta médica de revisão após a colocação é a cada ano.
- Fertilidade: A fertilidade é restabelecida rapidamente após a remoção do DIU.
Como funciona a implantação do DIU:
1. Avaliação médica: Antes da implantação, é essencial que a paciente passe por uma consulta com o ginecologista para avaliar sua saúde geral, verificar se há contraindicações e escolher o tipo de DIU mais adequado. Deve-se levar um teste de gravidez e o último laudo de colpocitologia oncótica e ultrassonografia transvaginal.
2. Preparo: O procedimento pode ser realizado em consultório, sem necessidade de anestesia geral, mas algumas pacientes podem optar por sedação, em ambiente hospitalar. A colocação pode ser feita em qualquer período do ciclo menstrual. Não precisa estar menstruada.
3. Procedimento:
- A paciente é posicionada em uma mesa ginecológica.
- O ginecologista introduz um espéculo vaginal para visualizar o colo do útero.
- O colo do útero é higienizado e o DIU é inserido através de um aplicador, passando pelo colo até chegar ao útero.
- Após a inserção, o médico ajusta o tamanho do fio do DIU, que fica 0,5 cm para fora do colo do útero, permitindo sua futura remoção.
4. Duração: O procedimento geralmente leva entre 10 a 15 minutos.
5. Recuperação: Após a colocação, é comum sentir cólicas leves. O ginecologista pode recomendar o uso de analgésicos. A maioria das mulheres pode retomar suas atividades normais logo após a implantação, mas deve evitar relações sexuais ou uso de absorventes internos por alguns dias, conforme orientação médica.
Possíveis efeitos colaterais:
- Cólica e desconforto: Especialmente nos primeiros dias após a inserção.
- Alterações no ciclo menstrual: O DIU hormonal pode reduzir o fluxo menstrual ou até suspender a menstruação, enquanto o DIU de cobre pode aumentar o fluxo e a intensidade das cólicas nos primeiros meses, porém esse efeito costuma ser temporário.
- Expulsão: Em raros casos, o DIU pode ser expulso pelo corpo.
- Aumento da acne: em alguns casos, especialmente com DIUs hormonais.
Quem não pode usar o DIU?
Existem algumas situações em que o DIU não é recomendado, como:
- Deformidades uterinas: como o útero Didelfo.
- Câncer do colo do útero: o DIU não deve ser inserido em mulheres com câncer do colo do útero.
- Doenças inflamatórias pélvicas: o DIU pode aumentar o risco de complicações em mulheres com essas doenças.
- Gravidez: o DIU não deve ser inserido em mulheres grávidas.
A escolha de colocar o DIU deve sempre ser discutida com um ginecologista para verificar se é a melhor opção contraceptiva para você, considerando seu estado de saúde, estilo de vida e necessidades contraceptivas.