A longevidade dos implantes dentários

01.10.2020

Compartilhe

A longevidade dos implantes dentários

01.10.2020

A reposição de um ou vários dentes através de implantes dentários já é uma prática muito bem documentada, sendo uma rotina crescente nos consultórios odontológicos por apresentar alto índice de sucesso. O objetivo do implante é devolver a função mastigatória, estética e a autoestima do paciente.

No passado, a preocupação desses pacientes e até mesmo dos próprios implantodontistas, era se o implante iria osseointegrar (ficar fixo no osso). Com o desenvolvimento da tecnologia, tanto do ponto de vista da evolução dos implantes, quanto do aprimoramento das técnicas cirúrgicas cada vez menos invasivas e com ferramentas de planejamento, esse fator deixou de ser uma preocupação. A partir disso, o mito de “rejeição” do implante foi deixado de lado.

Atualmente, a maior missão dos profissionais é manter esses implantes saudáveis e aptos para desenvolverem sua função de mastigação. Mas afinal, o que o paciente precisa saber após concluir um procedimento de implante dentário?

Da mesma forma que perdemos dentes naturais por falta de manutenção ou consultas preventivas, os implantes dentários também correm esse risco de forma silenciosa e sem apresentar nenhum desconforto.

A necessidade das consultas com o seu dentista a cada seis meses é fundamental para avaliação clínica e radiográfica, com o objetivo de checar a presença de placa bacteriana, cálculo dental, profundidade de sondagem, sangramento, secreção purulenta, estabilidade oclusal (engrenagem dos dentes), estabilidade óssea (importante para manter os implantes fixos), estabilidade tecidual (gengiva que envolve os implantes) e estabilidade neuromuscular.

Com esses parâmetros podemos diagnosticar precocemente qualquer alteração que possa comprometer a longevidade do tratamento. Os pacientes diabéticos não controlados e os fumantes precisam de acompanhamentos em intervalos de tempos menores, pois são mais suscetíveis a infecções.

A manutenção diária, através dos acessórios de higienização, é fundamental para evitar acúmulo de biofilme (restos alimentares com bactérias em volta dos implantes). Isso porque essas placas bacterianas são responsáveis tanto pela inflamação da mucosa peri-implantar (mucosite), quanto pela perda óssea (peri-implantite), comprometendo a fixação e podendo causar a perda do implante.

Portanto, é importante que o paciente não deixe de lado a realização do sonho de poder voltar a sorrir, falar e se alimentar bem, sem que isso se torne um pesadelo com grandes sequelas. A manutenção com um profissional é imprescindível para que ele desfrute de seu sorriso com saúde.

Compartilhe

Dr. Elson Fernandes

Cirurgião Dentista
CRO 4211
CRO 4211