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"Dr. José Ramalho Neto"

Cirurgia Endoscópica da Coluna Cervical
29.09.2020
Dr. José Ramalho Neto
Conhecida para o tratamento das doenças da coluna lombar (hérnia de disco, estenoses, cistos facetários, dor facetaria), também podem ser aplicados às doenças da coluna cervical! Infelizmente a cirurgia endoscópica da coluna cervical é pouco conhecida e existe um certo preconceito à sua realização, o qual pretendo esclarecer: Existem 2 acessos principais às doenças a coluna cervical, o acesso posterior e o acesso anterior. Para realizar a cirurgia convencional por trás, é necessário descolar musculatura, o que leva a dor no pós-operatório. Além disso, as hérnias mais centrais que comprimem a medula, precisam ser tratadas pela frente. Por isso, a cirurgia pela frente se tornou muito comum, e aos poucos a técnica convencional por trás foi sendo abandonada. No entanto, ao realizar a cirurgia pela frente, é necessária a colocação de uma prótese cervical fixa (artrodese) ou móvel (artroplastia); e muitas vezes o disco intervertebral não está tão ruim a ponto de necessitar substituição. Com o avanço tecnológico, que permitiu a prática da cirurgia minimamente invasiva da coluna, o acesso posterior endoscópico percutâneo ganhou novamente seu espaço no tratamento das doenças da coluna cervical, com a enorme vantagem de descomprimir as estruturas nervosas sem a necessidade de colocar próteses e com todos os benefícios acima descritos. Existe também o acesso endoscópico anterior, no entanto, na parte anterior do pescoço passam muitas estruturas importantes e não vale a pena introduzir uma cânula para acessar a coluna sem de fato enxergar por onde esta cânula está passando, pois há risco de lesar estruturas vitais. Na minha opinião, as cirurgias por via anterior precisam ser feitas através de pequena incisão e com instrumentos minimamente invasivos, mas não de forma percutânea ou com o endoscópio. Dr José Ramalho Neto - Neurocirurgião CRM/`PB 7077 / RQE 6058

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Tratamento Escoliose
29.09.2020
Dr. José Ramalho Neto
ESCOLIOSE A escoliose caracteriza-se pelo desvio lateral da coluna, formando uma curvatura anormal que pode afetar tanto a região lombar, torácica ou cervical. Este tipo de desalinhamento afeta cerca de 3% da população mundial, que pode apresentar a alteração em diferentes graus e tipos, e resulta em transtornos tanto de ordem estética como funcional — causando dores e até mesmo comprometendo a função pulmonar. Embora muitas pessoas acreditem que o problema é resultante de maus hábitos posturais, isso não é necessariamente verdade: em geral, é o desvio característico da escoliose que resulta na má postura do paciente. Isso acontece porque o desvio na coluna provoca alterações no corpo como um todo, e casos mais graves, podem limitar a mobilidade do indivíduo e reduzir o espaço do tórax em que estão os órgãos do sistema respiratório e cardíaco. Tipos de escoliose A escoliose é uma deformidade que pode ter diferentes características, origens e prognósticos, evoluindo de maneiras variadas de acordo com seu tipo e região vertebral afetada. A gravidade da alteração pode ser determinada a partir do grau da curvatura apresentada pela coluna, o que também ajudará na definição do tipo de tratamento necessário para garantir qualidade de vida ao paciente. Levando em consideração o grau de curvatura, a escoliose pode ser classificada entre 5 níveis diferentes. São eles: Até 10 graus: curva fisiológica, geralmente sem necessidade de tratamento; Entre 10 a 20 graus: curva leve, já demandando a necessidade de acompanhamento especializado; De 20 a 40 graus: curva moderada; Mais de 40 a 45 graus: curva moderada a grave. No que diz respeito às causas da escoliose, a alteração pode ser classificada de acordo com a origem de sua formação. Neste caso, ela pode ser dividida entre: Escoliose congênita: responsável por cerca de 10% dos casos este tipo de escoliose está presente desde o nascimento, e é resultante da ocorrência de má formação ou divisão das vértebras; Escoliose neuromuscular: é causada a partir de sequelas de doenças neurológicas ou musculares; Escoliose idiopática: não possui causas conhecidas e apresenta características e níveis de evolução variados, sendo o tipo mais frequente de escoliose; Escoliose de início precoce: caracteriza-se pelo aparecimento da curvatura em idade precoce, antes dos 10 anos; Escoliose degenerativa do adulto: é causada pela degeneração de discos da coluna vertebral e de suas articulações, sendo resultante do avanço da idade. Qual a causa da escoliose? Como foi explicado, a escoliose pode ter diferentes causas e características. A maioria dos casos, porém, é considerada de causas desconhecidas (idiopática), embora fatores genéticos possam influenciar no desenvolvimento da doença. Outras causas da alteração estão relacionadas a doenças como paralisia cerebral e poliomielite, além de má formação congênita e trauma. Postura inadequada, sedentarismo, obesidade e prática inadequada de exercícios físicos são alguns hábitos que podem favorecer o desenvolvimento da escoliose, embora não sejam fatores decisivos para o aparecimento da curvatura. Com o aumento da expectativa de vida mundial, a tendência é que deformações de ordem degenerativa se tornem mais frequentes. Diagnóstico: como saber se uma pessoa tem escoliose? Os principais sinais clínicos da escoliose são visuais, e a curvatura pode ser observada por meio de assimetrias na cintura, diferença de altura dos ombros e arco costal proeminente. Em geral, os primeiros responsáveis por auxiliar no diagnóstico da alteração são os pais ou o próprio paciente, que identificam as assimetrias citadas ou percebem que a coluna parece desviar para um dos lados. A dor não é considerada um sintoma comum da escoliose, e geralmente se manifesta em casos específicos de adultos que deixaram a deformação progredir com o tempo. Outros sinais clínicos que podem ser observados em quadros de curvatura da coluna e que acendem um alerta para o diagnóstico são: Mamilos em alturas diferentes; Caixa torácica que parece ser maior de um lado, em comparação ao outro; Pernas aparentando ter tamanhos diferentes uma da outra; Escápula pronunciada em apenas um dos lados do corpo; Costelas em alturas diferentes; Desconforto muscular. Por mais que os sinais visuais apontem para a possibilidade da alteração, o diagnóstico oficial da escoliose deve ser feito por um médico ortopedista especializado em coluna, que faz um exame clínico minucioso e solicita exames de imagem para confirmar a presença do desvio. Em geral, os exames mais solicitados são a radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. A realização da radiografia é essencial mesmo para casos em que é possível perceber a curvatura visualmente, uma vez que possibilita a visualização das reais condições da coluna e grau de inclinação. Este tipo de exame também permite que o especialista identifique lesões que afetam os discos e articulações, bem como visualize possíveis luxações na região. Como é o tratamento da escoliose? O tratamento da escoliose é sempre individualizado, e depende diretamente de fatores como a causa do problema, o grau da curvatura, a velocidade com que a deformidade está evoluindo, a idade do paciente e os desconfortos sentidos por ele. A prioridade é sempre oferecer o melhor para o paciente e atender às suas necessidades, respeitando seu corpo e suas características. Um tratamento conservador é a primeira opção, e tem o objetivo de impedir que o transtorno continue sua evolução, além de aliviar os sintomas e recuperar as funções da coluna. As principais abordagens conservadoras consistem no uso de coletes que ajudam na manutenção da postura, além de fisioterapia e Reeducação Postural Globalizada (RPG), fortalecimento muscular e utilização de órteses ortopédicas. Essas metodologias podem incluir, ainda, o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares para alívio da dor. A cirurgia para estabilização da coluna é recomendada para pacientes adultos e em casos muito específicos, em que a intervenção é realmente a melhor opção para as necessidades, características e qualidade de vida do paciente. O método de tratamento mais adequado deve ser definido pelo especialista em coluna com o paciente, sempre respeitando as particularidades do indivíduo. Independentemente da abordagem adotada, o acompanhamento profissional é fundamental para evitar complicações como danos na medula, dificuldades respiratórias e problemas relacionados à autoestima. Para saber mais sobre escoliose, entender as opções de tratamento e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com ortopedista especialista em coluna Dr José Ramalho Neto - Neurocirurgião CRM/PB 7703 / RQE 6058

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Tratamento Cirúrgico De Hérnia Discal Cervical
05.10.2020
Dr. José Ramalho Neto
O tratamento cirúrgico de hérnia discal cervical refere-se à intervenção médica realizada para corrigir uma hérnia de disco na região cervical da coluna vertebral. Uma hérnia de disco cervical ocorre quando o material gelatinoso dentro do disco intervertebral na coluna cervical se projeta para fora, pressionando os nervos ou a medula espinhal. Isso pode levar a sintomas como dor no pescoço, dor irradiada para os braços, formigamento, fraqueza muscular e até mesmo déficits neurológicos. Quando os sintomas não melhoram com tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicamentos e repouso, ou quando há uma compressão significativa dos nervos ou da medula espinhal, a cirurgia pode ser recomendada. Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas, dependendo da gravidade da hérnia e das necessidades individuais do paciente. Alguns exemplos de procedimentos cirúrgicos para hérnia discal cervical incluem: Discectomia cervical anterior: Neste procedimento, o cirurgião acessa a coluna cervical pela frente do pescoço (abordagem anterior) e remove o disco herniado para aliviar a pressão sobre os nervos ou a medula espinhal. Artrodese cervical: Em alguns casos, especialmente quando há instabilidade na coluna cervical, pode ser realizada uma fusão vertebral (artrodese), na qual os discos afetados são removidos e as vértebras adjacentes são fundidas para estabilizar a coluna. Cirurgia minimamente invasiva: Existem técnicas menos invasivas que podem ser utilizadas para tratar a hérnia discal cervical, como a discectomia endoscópica percutânea, que envolve incisões menores e tem um tempo de recuperação mais rápido em comparação com a cirurgia tradicional. A escolha do procedimento cirúrgico depende de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a localização da hérnia discal, a saúde geral do paciente e as preferências do médico e do paciente. É importante discutir todas as opções de tratamento com um médico qualificado para determinar o melhor curso de ação para cada caso individual.

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