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"Médico X"

O que é o Lúpus
15.08.2024
Médico X
Autora: Dra. Gabriela Munhoz - Médica Reumatologista O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, que ocorre quando o sistema imunológico do seu corpo ataca seus próprios tecidos e órgãos. A condição é capaz de afetar diversos sistemas do corpo, como articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões. Não existe cura para a doença, mas existe tratamentos eficazes para o controle da doença e redução de sintomas. O QUE É LÚPUS? O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, que pode acometer múltiplos órgãos de forma rápida ou lenta e progressiva, variando com fases de atividade e de remissão. QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS PARA O LÚPUS? A origem do LES não é totalmente conhecida, sabe-se que fatores hormonais, genéticos e ambientais estão envolvidos no desencadeamento da doença. Mulheres em idade fértil são até 9 vezes mais acometidas que os homens, uma vez que o estrogênio exerce papel importante na patogênese da doença. Algumas pessoas nascem com susceptibilidade genética para desenvolver a doença e, somada à interação de fatores ambientais (irradiação solar, tabagismo, infecções por alguns vírus ou outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas. Essa interação genética + ação de fatores ambientais podem levar a um desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem contra proteínas do próprio organismo, causando inflamação em diversos órgãos, como pele, rins, articulações, pulmões e mucosas. QUAIS OS DIFERENTES TIPOS DE LÚPUS? Existem quatro tipos de Lúpus mais comuns. São eles: LÚPUS DISCOIDE Doença restrita à pele, que apresenta lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, sendo notadas principalmente no rosto, couro cabeludo, região cervical e tronco. Estas lesões podem se tornar mais evidentes quando a pessoa se expõe ao sol. LÚPUS SISTÊMICO Doença sistêmica que acomete, além da pele, diversos órgãos (articulações, rins, pulmões, sistema nervoso e pleura). LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS Ocorre quando há desenvolvimento de sintomas semelhantes ao do lúpus eritematoso sistêmico, temporalmente relacionado à exposição a drogas. Geralmente, a resolução do quadro se dá após a suspensão do medicamento desencadeante. A associação mais clássica é feita com a procainamida e a hidralazina. LÚPUS NEONATAL É uma doença autoimune adquirida que acomete recém-nascidos causada pela passagem de anticorpos ( Anti-Ro e Anti-La) da mãe para a criança através da placenta, durante a gravidez. Muitas mães sabidamente têm doenças que apresentam esses anticorpos no sangue, como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren e doença mista do tecido conjuntivo. O feto ou recém-nascido pode evoluir com o surgimento de lesões cutâneas fotossensíveis, alterações hepáticas, hematológicas ou, até mesmo, cardíacas. QUAIS OS SINTOMAS PARA O LÚPUS? Lúpus: entenda a doença autoimune mais comum em mulheres e como diagnosticá-la Os sintomas do LES são diversos e podem variar em intensidade e quantidade de sistemas acometidos de acordo com cada indivíduo e com a fase de atividade ou remissão da doença. Inicialmente, são comuns manifestações dermatológicas e sintomas gerais sistêmicos, como febre baixa, cansaço, desânimo, perda de peso e apetite. As manifestações mais específicas são surgimento de: Lesões de pele (até 80% dos casos), caracterizadas por manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, denominadas lesões em asa de borboleta; lesões por fotossensibilidade (desencadeadas pela sensibilidade desproporcional à luz solar). Pode ocorrer também lesões discoides, vasculite e alopecia (queda de cabelo) - cicatricial ou não. Além disso, há surgimento de aftas / úlceras orais, geralmente indolores; Há manifestação articular com dor, com ou sem inchaço, envolvendo principalmente as juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, e tendem a ser bastante dolorosas; Inflamação das membranas que recobrem o pulmão (pleurite) e coração (pericardite) ocasionando dor ao respirar, tosse seca, falta de ar e dor no peito; Acometimento renal (nefrite): é uma das manifestações que mais preocupam e ocorrem em cerca de até 50% dos pacientes. Nas formas mais graves evolui com pressão alta, inchaço nas pernas, urina espumosa e com sangue. Quando não tratada rapidamente e adequadamente, pode haver evolução para insuficiência renal e o paciente pode precisar fazer diálise ou transplante renal; Alterações neuro-psiquiátricas: podem causar convulsões, acidente vascular encefálico, alterações de humor ou comportamento (psicoses), depressão e alterações dos nervos periféricos e da medula espinhal; Manifestação hematológica: alterações nas células do sangue são devido aos anticorpos contra estas células, causando sua destruição. Assim, se os anticorpos forem contra os glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos e/ou plaquetas haverá, respectivamente, anemia, leucopenia ou linfopenia ou plaquetopenia. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO LÚPUS? O diagnóstico deve ser realizado por um médico através da anamnese da história clínica do paciente (com presença de sinais e sintomas sugestivos), exame físico e exames laboratoriais. A presença do FAN (fator ou anticorpo antinuclear), embora não seja exclusiva da doença, quando positiva em títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos, permite o diagnóstico. Outros testes laboratoriais que confirmam a suspeita diagnóstica é a presença de anticorpos anti-Sm e anti-DNA, que são específicos para a doença, assim como o consumo de frações do complemento (C3 e C4). AGENDAR EXAME QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA O LÚPUS? O tratamento do LES deve ser guiado de acordo com o grau de severidade e quais órgãos acometidos pela doença. O uso de corticoides (via oral ou em pulsoterapia endovenosa), hidroxicloroquina e imunossupressores podem contribuir na busca pelo controle e remissão do quadro. LÚPUS TEM CURA? Não. O Lúpus não tem cura, mas tem controle. Para isso é fundamental que o tratamento seja realizado de forma correta, com acompanhamento regular com o reumatologista, uso das medicações prescritas, adoção de hábitos saudáveis, fotoproteção e evitar exposição solar. COMO PREVENIR O LÚPUS? Para evitar novos surtos de atividade da doença, o paciente com LES deve fazer uso correto das medicações prescritas, evitar exposição solar (principalmente entre 10h - 15h) e cessar tabagismo. Ir regularmente em consultas médicas e realizar exames de controle, fazer uso de bloqueador solar e adotar hábitos de vida saudáveis também são medidas a serem adquiridas. AGENDAR EXAME Categoria Saúde Blog Trabalhe conosco Assessoria de Imprensa Portal da Privacidade Direitos e Deveres DASA RT: Dr. Cristovam Scapulatempo Neto (CRM-SP: 102037/ CRM-RJ: 52-0105890-8) Alta Diagnósticos © 2024. Todos os direitos reservados.

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Covid Longa
20.03.2023
Médico X
Covid longa é uma nova doença e afeta o trabalho da maioria dos infectados, apontam estudos. Cientistas europeus fazem alerta sobre impactos da Covid longa no trabalho; estudos mapeiam 55 sintomas. A copeira-chefe do Instituto Butantan Maria Laisse Gonçalves de Almeida, de 54 anos, foi infectada pelo SARS-CoV-2 em março de 2020, poucos dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decretado a pandemia de Covid-19. Sem vacinas disponíveis à época, ela sobreviveu ao coronavírus após 11 dias de internação, parte destes na Unidade de Terapia Intensiva, mas até hoje vive com sequelas da Covid longa – sintomas que persistem ou surgem após meses da infecção pelo SARS-CoV-2. Fraqueza muscular, queda de cabelo, perda de memória e cansaço são algumas das manifestações que Laís, como é conhecida no Butantan, ainda sente e que afetaram sua qualidade de vida. “Hoje em dia quando eu percebo que me esqueci de alguma coisa, sei que é questão de tempo para eu me lembrar. Mas por um bom tempo eu fiquei passando com vários profissionais para me tratar: pneumologista, fisioterapeuta, dermatologista, psiquiatra”, detalha. Casos como o de Laís estão se tornando cada vez mais comuns, sobretudo pelo alto número de pessoas que foram infectadas pela Covid-19 e suas variantes ao longo dos mais de dois anos de pandemia no mundo. Um relatório da Sociedade de Medicina Ocupacional do Reino Unido (SMO, na sigla em inglês), afirma que a Covid longa deve ser considerada uma nova doença que afeta a saúde e o trabalho e que, por isso, precisa de uma resposta mais rápida das autoridades de saúde. Efeitos duradouros da Covid Um estudo escocês publicado recentemente na revista Nature Communications, com quase 100 mil participantes, reforça que a Covid longa pode deixar sequelas duradouras ou até permanentes em pessoas que se infectaram com o SARS-CoV-2. O artigo representa as primeiras descobertas de um estudo em andamento sobre a Covid longa – o Long-CISS (Covid in Scotland Study) feito pela Universidade de Glasgow. Segundo a pesquisa, uma a cada 20 pessoas não se recuperou totalmente entre seis e 18 meses após a infecção, e 42% se recuperaram somente parcialmente. Por outro lado, os cientistas sugerem que os efeitos de longo prazo da Covid são praticamente improváveis em quem apresentou a doença de forma assintomática. No estudo escocês, os sintomas mais comumente relatados incluíram falta de ar, palpitações, dor no peito e “névoa cerebral” ou acuidade mental reduzida. Os sintomas se demonstraram piores entre as pessoas que chegaram a ser hospitalizadas durante a infecção aguda. Impactos da Covid longa No Reino Unido, ao menos 2 milhões de pessoas (3% da população) foram diagnosticadas com Covid longa e quase 800 mil relataram ter mantido este sintoma por ao menos um ano, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais citados no relatório da SMO. A prevalência do problema é maior entre adultos de 35 a 69 anos, faixa de idade economicamente ativa, o que reflete em um “potencial impacto econômico colossal”, segundo o relatório. “Apesar disso, a resposta do sistema de saúde tem sido lenta, variável e inadequada”, conclui o documento. No caso de Laís, as muitas sessões de fisioterapia, o tratamento dermatológico para queda de cabelos, a atividade física moderada, entre as outras especialidades, foram necessárias para ela voltar a se sentir melhor e poder trabalhar. “Eu pude contar com meu plano de saúde para fazer tudo isso. Mas fico pensando em quem não pode, como que faz?”, questiona. Porém, Laís continua a lidar com a perda de memória constante. “Sei que é importante me movimentar e trabalhar para ativar minha memória”, disse. Ainda segundo dados do governo britânico, a cada 1.250 pessoas infectadas pela Covid-19 no início 2020, apenas 8% voltaram a trabalhar da mesma forma de antes da doença. Um estudo publicado na The Lancet em julho, que analisou dados de quase 4.000 pessoas com Covid-19 ou casos suspeitos de 56 países,relatou que 45,2% dos pacientes com Covid longativeram que reduzir sua jornada de trabalho em relação ao período anterior à doença. Além disso, 22,3% das pessoas analisadas não estavam trabalhando no momento do estudo por motivos que envolviam licença médica, demissão ou por não encontrarem um novo emprego. Uma pesquisa online do The Belgian Health Care Knowledge Center relatou que 60% dos entrevistados que apresentaram sintomas com duração superior a quatro semanas, e estavam em um emprego remunerado antes da Covid-19, não estavam aptos para voltar ao trabalho. Mais de um terço (38%) ainda não estava trabalhando no momento da pesquisa, e 26% trabalhando em período reduzido. Não foi observada diferença significativa entre hospitalizados e não hospitalizados. Os sintomas com maior impacto no trabalho são fadiga, disfunção cognitiva, como dificuldade de concentração e perda de memória, e alterações no paladar e no olfato. Sendo assim, o retorno ao trabalho de um indivíduo com Covid longa geralmente requer o esforço combinado do próprio trabalhador e o cuidado do empregador e de profissionais de saúde, destaca o relatório da SMO, intitulado “Long COVID and Return to Work – What Works?”.

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O que é a Gota?
16.08.2024
Médico X
Quais são os sintomas que indicam que o ácido úrico no sangue está elevado? Os níveis elevados de ácido úrico no sangue, conhecidos como hiperuricemia, muitas vezes não apresentam sintomas óbvios por si só. Muitas pessoas com hiperuricemia não manifestam sintomas clínicos até que a condição progrida para a gota, que é uma das condições associadas a níveis elevados de ácido úrico. A gota é uma doença caracterizada por crises agudas de artrite gotosa, que têm sintomas distintos. No entanto, em alguns casos, a hiperuricemia pode estar associada a sintomas leves, como: Dor nas articulações Algumas pessoas com níveis moderadamente elevados de ácido úrico podem experimentar dor nas articulações, especialmente nas articulações dos membros inferiores. Inchaço nas articulações Inchaço, calor e vermelhidão nas articulações também podem ocorrer, embora esses sintomas sejam mais comuns na gota aguda. Tofos Em casos avançados de hiperuricemia não tratada, podem se formar depósitos de cristais de ácido úrico sob a pele, chamados tofos. Eles geralmente aparecem como inchaços firmes na pele e podem ocorrer nas orelhas, cotovelos, dedos e outras áreas do corpo. É importante ressaltar que a maioria das pessoas com hiperuricemia não apresenta sintomas evidentes, e o diagnóstico geralmente é feito através da dosagem de ácido úrico no sangue durante exames de rotina ou devido a fatores de risco conhecidos. Quais são os sintomas da gota? Os principais sintomas da gota estão associados a crises agudas de artrite gotosa. Essas crises geralmente ocorrem de repente e são extremamente dolorosas. Os sintomas típicos da gota incluem: Dor intensa A dor é o sintoma mais característico da gota. Ela é súbita e geralmente começa em uma articulação, frequentemente afetando o dedão do pé (primeiro dedo). A dor é descrita como aguda, latejante e insuportável. Inchaço A articulação afetada incha rapidamente, tornando-se visivelmente maior e muitas vezes quente ao toq

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