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"Dra. Maria Celeste Jotha"
Dor de cabeça na criança: O que fazer?
29.12.2020
Dra Maria Celeste Dantas Jotha
Quanto devo procurar um médico, se a criança reclamar de dor de cabeça?
Seu filho já se queixou de dor de cabeça? Esse é um problema que atinge milhões de pessoas e não poupa nem mesmo as crianças.
As causas são as mais variadas possíveis, desde quadros simples, como viroses, até condições que necessitam de investigação mais detalhada, como tumores e malformações cerebrais.
Se a criança se queixa de dor forte ou muito frequente que não tem relação com outra doença, é indicado levá-la ao neurologista infantil.
Para o diagnóstico correto, é necessário observar as características da dor, associada à avaliação neurológica e a exames complementares.
Quanto temos que fazer exames complementares, como tomografia?
É necessário a realização de exames apenas nos quadro de dor com sinais de aleta, como quadro agudos e intensos. A indicação dessa investigação depende do padrão da dor e dos sintomas associados.
Será que é enxaqueca?
A enxaqueca é uma das causas mais frequentes de dor de cabeça entre as crianças. O seu diagnóstico não depende de exames e é baseado em critérios clínicos (características da dor) da Sociedade Internacional de Cefaleia.
Caso o seu filho tenha episódios de dor de cabeça, fique atendo a outros sinais que podem indicar a possibilidade de enxaqueca: dor pulsátil (lateja) e que piora com o esforço, intensidade de moderada a forte, presença de enjoo e de vômito, fotofobia (incômodo com a luz), fonofobia (desconforto com som) e alterações visuais (manchas brilhantes, visão borrada).
Como tratar as dores de cabeça na infância?
O tratamento vai depender da causa da dor de cabeça.
Nos casos de enxaqueca, as poções de tratamento incluem:
- Abordagem dos fatores desencadeantes e das rotinas da vida: diminuição das horas de sono, fatores alimentares (chocolates, corantes e horários irregulares das refeições).
- Tratamento agudo (na hora da dor): Os analgésicos, como paracetamol ou dipirona, são suficientes para o tratamento na maioria das crianças. No entanto, deve-se evitar o seu uso frequente, por ser um dos principais fatores desencadeantes da cefaleia crônica diária.
Nos quadros com enjoo ou vômito, recomenda-se o uso de medicamentos antieméticos, como o dramin.
- Tratamento profiláticos: busca a redução da frequência, da duração e da intensidade das crises de dor. Ele só é indicado, quando a frequência média de crises for igual ou superior a 3 episódios por mês.
Todos os casos com indicação de profilaxia devem ser encaminhados a um neurologista infantil, para avaliação especializada, para escolha da melhor medicação a ser utilizada, bem como, para verificar o tempo de tratamento.
SINAIS DE ALERTA PARA AS DORES DE CABEÇA NA INFÂNCIA
Quando grave e agudo:
- Aumento da frequência
- Intensidade da dor
Dor diária:
- Sintomas Neurológicos: Sonolência, Confusão Mental
- Dificuldade Motora ou Convulsão
- Vômitos persistentes ou de início recente
Perguntas e respostas sobre o Transtorno do Espectro Autista
22.06.2021
Dra Maria Celeste Dantas Jotha
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de autismo é clínico, ou seja, não existe um exame laboratorial ou de imagem que possa comprovar a presença do transtorno. Cabe ao neurologista infantil, através de critérios definidos internacionalmente, realizar essa tarefa.
Nesse processo, são necessárias avaliações clínicas do comportamento do paciente, associadas aos relatos dos familiares e dos demais profissionais.
Qual a causa do Autismo?
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, mas, embora ainda não haja estudos conclusivos, as pesquisas científicas indicam uma predisposição genética. Há também alguns indícios de que fatores ambientais, como complicações durante a gravidez, podem ter influência.
Autismo tem cura?
O TEA é uma condição permanente que acompanha a pessoa por todas as etapas da vida, mas há tratamentos, com diferentes abordagens terapêuticas, que ajudam a amenizar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida.
Existe tratamento?
O tratamento é multidisciplinar, ou seja, envolve o trabalho conjunto de vários profissionais de diferentes áreas: neurologista infantil, psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, fisioterapeuta, psicopedagogo, entre outros.
É importante ressaltar que existem vários graus de autismo e que as pessoas são naturalmente diferentes entre si, por isso, o tratamento e a sua resposta diferem de pessoa para pessoa. No entanto, o acompanhamento especializado desde o início da infância pode amenizar significativamente os sintomas.
Apesar de uma parte do sucesso terapêutico depender de características individuais do quadro de cada criança, há muitos fatores que podem ser trabalhados, para garantir uma melhor evolução:
- Idade do início da intervenção: quanto antes o tratamento começar, melhor será o prognóstico.
- frequência e intensidade das terapias;
- Abordagem com técnicas adequadas às características do paciente( ABA , DENVER , PECS , etc..);
- Comprometimento da família durante esse processo.
Existe remédio para autismo?
Não existe remédio para o autismo em si, mas os pacientes com TEA podem fazer uso de medicamentos, para tratar condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de atenção, ansiedade, depressão e comportamentos repetitivos.
Meu filho vai se desenvolver normalmente?
Essa é uma das maiores angustias dos pais. A família deve sempre se esforçar, para identificar as potencialidades de seu filho, encorajando-o a enfrentar desafios como qualquer criança, sem adotar uma postura superprotetora. A criança precisa de se sentir desafiada, para ir em busca dos seus progressos.
Há casos de indivíduos que conseguiram uma boa evolução nas áreas cognitiva, afetiva, social e motora. Além disso, tiveram escolarização regular - com ou sem adaptação curricular - e obtiveram uma realização profissional e pessoal.