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"Dr. Zailton Júnior"

MITOS E VERDADES SOBRE DOENÇAS CIRÚRGICAS DO PÂNCREAS, DO FÍGADO E DA VESÍCULA BILIAR
31.03.2021
Dr. Zailton Bezerra
Importância do tratamento especializado na evolução favorável dessas patologias A Cirurgia Hepatobiliopancreática corresponde a uma área de excelência altamente especializada da Cirurgia Digestiva, estando aqui incluídas as cirurgias do fígado, das vias biliares e do pâncreas. Em virtude da alta complexidade dessas doenças, do alto rigor técnico envolvido e do grande porte das cirurgias relacionadas, hoje é, na verdade, uma subespecialidade de excelência dentro da Cirurgia do Aparelho Digestivo. Nesse grupo de cirurgias, são realizados os tratamentos de doenças benignas e malignas, tais como: • Nódulos hepáticos • Cistos hepáticos • Câncer de vesícula biliar • Câncer de via biliar • Cistos de pâncreas (benignos e malignos) • Nódulos de pâncreas (benignos e malignos) • Transplantes de Fígado e de Pâncreas Infelizmente, as doenças do fígado, das vias biliares e do pâncreas são, muitas vezes, diagnosticadas tardiamente, tornando muito difícil o tratamento com intenção curativa. Portanto, vamos aprender um pouco mais sobre as doenças nas quais o cirurgião hepatobiliopancreático pode te ajudar, proporcionando um diagnóstico efetivo e um tratamento de excelência. Confira abaixo algumas perguntas, mitos e verdades sobre doenças nessa área tão nobre da cirurgia digestiva: O diabetes pode evoluir para um câncer no pâncreas? Mito. O diabetes não é um fator de risco para o desenvolvimento da doença, porém diabetes súbito e intenso podem sim ser manifestações do surgimento de um câncer de pâncreas, principalmente, quando se desenvolve em pacientes não diabéticos ou em quem estava com a doença controlada. O câncer no fígado pode ser causado por hepatites? Verdade. Infecções virais, como as hepatites B e C, se estiverem em atividade, podem se tornar fatores de risco para a forma mais comum de câncer de fígado, o hepatocarcinoma. A cirrose, outra doença que pode atingir o órgão, também pode ser relacionada às hepatites, além de predispor ao desenvolvimento de tumores no fígado. Outros fatores que podem ser relacionados ao surgimento de câncer de fígado são a ingesta de álcool e o uso de anabolizantes. Pedras na vesícula podem aumentar o risco de desenvolvimento de tumores nesse órgão? Depende. Essa possibilidade varia de acordo com o tamanho do cálculo. A maioria das pedras que aparecem na vesícula biliar costuma ter entre 0,5 cm e 1 cm e, geralmente, são removidas em conjunto com a vesícula biliar, por meio da laparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo, mas, caso o tamanho do cálculo supere os 3 cm, é considerado fator de risco para o desenvolvimento do câncer de vesícula biliar, tumor de comportamento agressivo, na maioria dos casos. Descobri um nódulo pancreático em um exame de rotina? Que devo fazer? Um nódulo é definido como uma tumoração sólida que, no pâncreas, pode ser cística, sólido-cística e sólida. Para defini-lo, o cirurgião hepatobiliopancreático lança mão de alguns exames, para melhor elucidar o diagnóstico, como: tomografia e/ou ressonância magnética. A biópsia, nos casos de tumorações no pâncreas, está indicada em situações muito específicas e ocorre por meio da ecoendoscopia ou da punção guiada por tomografia. Porém, o que deve ficar claro para o paciente é que nem todo nódulo pancreático é maligno. O maior problema na sua detecção é que, se não forem tratados, alguns podem, com o tempo, tornar-se neoplasias malignas. Portanto, a consulta com um médico cirurgião especialista em cirurgia hepatobiliopancreática é fundamental para o êxito do tratamento.

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Mitos e verdades em cirurgia bariátrica - As dez perguntas mais frequentes no consultório
17.09.2020
Dr. Zailton Bezerra
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. No Brasil, essa doença crônica aumentou 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018, segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Além das questões estéticas envolvidas, a obesidade é, antes de mais nada, um grave problema de saúde que promove risco de morte para o paciente, devido as doenças decorrentes do excesso de peso, como diabetes, pressão arterial alta, risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), além das tromboses pulmonares e nos membros inferiores. Tal situação é muito comum no consultório do cirurgião digestivo. Como a cirurgia bariátrica se popularizou muito nos últimos anos, dúvidas frequentes surgem nos pacientes, portadores de obesidade. Por isso, trago para você, as dez perguntas mais realizadas em nosso consultório a respeito desse tema tão popular e polêmico, fruto de dez anos de experiência no tratamento dos pacientes. Espero que o questionário abaixo, seja uma ferramenta útil para você e que algumas dúvidas possam ser esclarecidas. 1 - Qualquer um pode se submeter à uma cirurgia bariática? MITO. A cirurgia bariátrica é indicada em pacientes dos 18 aos 65 anos que possuem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40kg/m2 ou entre 35 e 40 kg/m2. Aos que apresentam doenças associadas à obesidade como hipertensão, diabetes, apneia do sono, entre outros, antes de serem submetidos à cirurgia bariatrica é necessária a comprovação na falha com o tratamento à base de dieta, exercícios físicos e/ou medicamentos prescritos por profissionais especializados no assunto. Esse tipo de cirurgia é contraindicada em pacientes de difícil controle psiquiátrico, usuários de drogas, alcoólatras, portadores de compulsão alimentar grave ou que tenham problemas cardíacos graves. Cada caso deve ser analisado individualmente. 2 - A cirurgia bariátrica é mais arriscada do que outras cirurgias? MITO. Na verdade, quando se pensa em complicações durante a cirurgia, como problemas pulmonares ou cardíacos, os riscos são os mesmos de qualquer cirurgia abdominal com anestesia geral. Logo após a cirurgia, complicações pulmonares, cardíacas e nas “costuras ou emendas” da cirurgia podem ocorrer de 0,1% a 3% dos casos. Esses números serão mais baixos naqueles pacientes que fizeram todas as etapas de análise necessárias no período pré-operatório. 3 - Mulher que fez cirurgia bariátrica não pode mais engravidar? MITO. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica recomenda que as mulheres procurem engravidar dois anos após a cirurgia. A cegonha te visitou? Informe ao seu médico o quanto antes. 4 - A cirurgia bariátrica pode ser realizada no SUS ou pelos planos de saúde? VERDADE. Pelo SUS, o procedimento pode ser realizado, porém pode haver a necessidade de esperar um tempo na fila, dependendo da realidade local. Nos planos de saúde, a cirurgia de redução do estômago faz parte do rol de procedimentos que possuem cobertura, inclusive por videolaparoscopia. Entretanto, vale a pena atentar para alguns fatores contratuais do seu plano (se há um período de carência, por exemplo). 5 - O emagrecimento é mais visível nos primeiros seis meses após a cirurgia? VERDADE. A maior perda de peso costuma ocorrer nos primeiros seis meses. O emagrecimento total, no entanto, acontece em até dois anos do pós-operatório. Em geral, a perda do excesso de peso gira em torno de 35% a 45%. 6 - Se eu comer como antes, posso engordar muito novamente? VERDADE Em geral, os pacientes não conseguem comer a mesma quantidade antes da cirurgia. Porém, se a dieta for baseada em hábitos alimentares inadequados e alimentos hipercalóricos, além da falta de atividade física, infelizmente o ganho de peso voltará à aparecer novamente. 7 - Só existe um tipo de cirurgia que faz reduzir o estômago? MITO. No Brasil existem atualmente quatro técnicas aprovadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e Conselho Federal de Medicina (CFM). Seguem abaixo, os dois métodos mais indicados pelos cirurgiões em nosso país: SLEEVE: Consiste em remover parte do estômago e transformá-lo num tubo com capacidade em torno de 150ml. Seu formato assume uma forma de manga de camisa (Sleeve em inglês) BYPASS: Cirurgia onde o estômago é grampeado , reduzido a uma pequena bolsa de aproximadamente 50 ml e o intestino é desviado e “re-ligado”ao estômago novamente 8 - Todo paciente terá que realizar plásticas para remover o excesso de pele? MITO. Cada caso é um caso. Há de se analisar à elasticidade da pele, a tonicidade muscular, a proporção entre massa gorda e massa magra, além dos desejos individuais do paciente. Em geral, tal procedimento é realizado após 18 meses no mínimo, quando já se espera que esteja ocorrendo uma estabilidade da curva de peso corporal. 9 - Tenho que tomar vitaminas pelo resto da vida? DEPENDE. Para esta situação, a corresponsabilidade do paciente é fundamental. Se o mesmo se envolve bem no acompanhamento pós-operatório, seguindo todas as orientações da equipe multidisciplinar, bem como, não promove situações de autossabotagem ao seu tratamento (exemplo: não ir às consultas de retorno), há a possibilidade da recomendação da não ingestão de vitaminas, principalmente naquelas pessoas submetidas à técnica de Sleeve. 10 - A participação da equipe multidisciplinar e da família são fundamentais no bom resultado a longo prazo? VERDADE O acompanhamento da equipe multidisciplinar é parte crucial nesse processo de tratamento da obesidade, tanto no período pré-operatório, como principalmente no período pós-operatório. A cirurgia consiste apenas em uma das inúmeras estratégias utilizadas no processo de emagrecimento. Há, por exemplo, a necessidade do acompanhamento hormonal pelo endocrinologista, ajustes dietéticos constantes com o nutricionista, compreensão da influência psicológica na gênese da obesidade, bem como nos ajustes às expectativas no pós-operatório. O paciente bariátrico merece ter sua condição compreendida como uma doença crônica e não como algo que, exclusivamente, é culpa de quem a possui. Ele necessita se sentir acolhido, ter suas expectativas e anseios compreendidos. Para tanto, o cirurgião, a equipe multidisciplinar, o paciente e sua família necessitam dar as mãos em prol de um bem comum: o de trazer vida aos anos, além de saúde com qualidade aos pacientes que enfrentam o tratamento contra a obesidade.

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Doutor, Afinal, Cirurgia bariátrica é estética ou saúde?
29.12.2020
Dr. Zailton Bezerra
Compreenda o real papel da cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade. Nos últimos 30 anos, a obesidade dobrou em todo o mundo. No Brasil, 60% da população adulta está acima do peso ou é obesa, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A busca pelo corpo perfeito tem feito com que muitas pessoas busquem médicos especialistas em gastroplastia – popularmente conhecida como cirurgia bariátrica ou cirurgia de redução de estômago – com fins essencialmente estéticos, fugindo do real motivo do tratamento, que é a redução do excesso de peso e o reestabelecimento da saúde. A cirurgia bariátrica é um tratamento cirúrgico para uma doença grave, a obesidade, logo, não deve ser encarada pelo paciente como uma forma mais rápida de se livrar dos quilos, sem esforço. Trata-se de uma excelente ferramenta, indicada a um contexto de refratariedade do tratamento clínico, mas há necessidade de envolvimento e de corresponsabilidade plena do paciente, nesse processo, realizando, de maneira efetiva, todos os passos orientados pela equipe multidisciplinar. Quem deseja realizar a cirurgia pensando no que poderá comer, depois da operação, não deve realizar o procedimento. O paciente precisar ter em mente que a cirurgia é apenas o início de uma mudança de vida, que inclui comer corretamente, de forma mais saudável, inserindo, no cardápio, frutas, verduras, legumes, carnes, pães integrais e sucos. Ainda, o exercício físico deverá fazer parte da rotina. Para garantir que o paciente entenda a dimensão real dessa cirurgia, suas consequências, seus benefícios e riscos e esteja seguro dessa opção, é importante que uma equipe multidisciplinar acompanhe o caso. Essa é composta por um endocrinologista, um psicólogo, um nutricionista e um cirurgião bariátrico. Juntos, poderão avaliar o paciente, amadurecer a decisão e encontrar a melhor técnica para aquela pessoa. Os benefícios da cirurgia incluem resolução ou melhora acentuada das comorbidades, como a redução da glicemia e dos níveis pressóricos, o que reduz uma série de outras doenças, já que tanto o diabetes quanto a hipertensão são fatores de risco para outras comorbidades. Além disso, há diminuição do impacto do peso sobre as articulações, redução da incidência dos problemas respiratórios e da apneia do sono, melhora do refluxo e da incontinência urinária, dentre outros melhoramentos. Vários aspectos, além da saúde geral, como bem-estar mental, desordens de humor, interação e comportamento social, são afetados pela obesidade e, consequentemente, serão afetados por um emagrecimento repentino e radical. As consequências da cirurgia bariátrica não estão restritas apenas à óbvia mudança na aparência física do paciente, mas também a todos os outros aspectos que fazem parte da sua vida. Portanto, cirurgia bariátrica não é procedimento estético, mas tratamento efetivo no controle da obesidade e de suas doenças associadas, a qual oferece também benefícios importantes, a exemplo da redução do peso e da melhoria estética, na maior parte dos casos. Infere-se, pois, que uma pessoa saudável, ativa e feliz, certamente, será mais bela e confiante. Escolha sua melhor versão . Cuide de você e de sua saúde!

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Diferenças entra cirurgia bariátrica e metabólica
22.06.2021
Dr. Zailton Bezerra
A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico com o objetivo de reduzir a obesidade grave ou obesidade mórbida, assim como melhorar as doenças associadas ao excesso de gordura corporal em pessoas com IMC elevado. Tal procedimento já faz parte do cotidiano geral, introduzido, no mundo, há mais de 50 anos e utilizado, no Brasil, há mais de 20 anos. É a principal e mais eficiente forma de controle da obesidade severa, estando plenamente referendada pelo Conselho Federal de Medicina, em consonância com diversas sociedades médicas pelo mundo. Durante o histórico de acompanhamento dos pacientes bariátricos operados, observou-se que as transformações anatômicas realizadas pela cirurgia bariátrica provocavam o aumento significativo da quantidade de vários hormônios que atuam na regulação do açúcar e do metabolismo, além de controlar a fome e de promover saciedade, provocando diversos efeitos benéficos no organismo, destacando-se o controle dos níveis de glicose no sangue. Esse fato ocorreu, muitas vezes, de maneira muito mais rápida que a esperada, sem que houvesse uma grande perda de peso associada. Tais pacientes comumente deixavam de necessitar do uso de antidiabéticos orais para o controle da glicemia. Essa observação acendeu a possibilidade de mecanismos associados à modificação do padrão de absorção de alguns alimentos e nutrientes estarem implicados nesse ajuste precoce do perfil metabólico do paciente. Nascia aí o conceito fisiológico da Cirurgia Metabólica, há, pelo menos, dez anos. Apesar do progresso constante no tratamento clínico do diabetes tipo 2, por ser uma doença associada ao estilo de vida e por necessitar de grande comprometimento por parte do paciente, o diabetes ainda é muito difícil de ser controlado. Por esse motivo, a cirurgia metabólica pode ser uma relevante opção a pessoas com diabetes tipo 2 que encontram dificuldades em controlar a doença. Essas pessoas são chamadas de diabéticos não controlados. Existem diversas cirurgias que podem ser realizadas em pacientes com obesidade e/ou com doença metabólica, entretanto, para as pessoas com indicação puramente metabólica (IMC entre 30 e 35), apenas o Bypass Gástrico e a Gastrectomia Vertical são recomendados. O Bypass Gástrico é a modalidade mais praticada no Brasil (cerca de 75%), a qual ainda é a técnica padrão ouro. Já a Gastrectomia Vertical, também conhecida como Sleeve, caracteriza-se por transformar o estômago em um tubo com capacidade de 100 a 150 mililitros (ml), sem a necessidade de desvio do alimento do seu trajeto natural. Ambas as técnicas podem ser realizadas através da videolaparoscopia, processo minimamente invasivo que oferece várias vantagens ao paciente. Se o controle de doenças metabólicas é o seu objetivo, a cirurgia metabólica pode ser uma ferramenta eficaz no seu caso. Procure um cirurgião digestivo de sua confiança e conheça mais sobre essa valiosa opção no tratamento do diabetes.

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