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"Dra. Greice Kelly Araújo de Sá"
O que você precisa saber sobre o DIU
09.04.2024
Dra. Greice Kelly Araújo de Sá
A implantação do DIU (Dispositivo Intrauterino) é um procedimento ginecológico simples e rápido, utilizado como método contraceptivo de longo prazo. Seu tempo de atuação varia de 3 a 10 anos, a depender do tipo de DIU. O hormonal (geralmente contendo levonorgestrel) dura entre 3 e 5 anos e o DIU de cobre, 10 anos.
Ambos os tipos impedem a gravidez de diversas formas, através dos seguintes mecanismos:
- Espessando o muco cervical: dificultando a passagem dos espermatozoides para o útero.
- Alterando o revestimento do útero: impedindo a implantação de um óvulo fecundado.
- Reduzindo a mobilidade dos espermatozoides: dificultando que eles encontrem o óvulo.
Por que escolher o DIU?
- Alta eficácia: Um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com taxas de falha muito baixas, de 0,2% para o hormonal e 0,8% para o de cobre.
- Longa duração: A maioria dos DIUs pode durar de 3 a 10 anos, dependendo do tipo.
- Reversível: A fertilidade retorna rapidamente após a remoção do DIU, sua retirada ocorre no próprio consultório
- Baixo custo: imagine a economia de parar de comprar anticoncepcional por 10 anos.
- Discreto: Uma vez inserido, o DIU não é percebido.
- Seguro: É seguro para a maioria das mulheres, mas é importante consultar um médico para verificar se você é uma boa candidata.
- Manutenção: Não é necessário fazer manutenções frequentes, mas recomenda-se uma consulta médica de revisão após a colocação é a cada ano.
- Fertilidade: A fertilidade é restabelecida rapidamente após a remoção do DIU.
Como funciona a implantação do DIU:
1. Avaliação médica: Antes da implantação, é essencial que a paciente passe por uma consulta com o ginecologista para avaliar sua saúde geral, verificar se há contraindicações e escolher o tipo de DIU mais adequado. Deve-se levar um teste de gravidez e o último laudo de colpocitologia oncótica e ultrassonografia transvaginal.
2. Preparo: O procedimento pode ser realizado em consultório, sem necessidade de anestesia geral, mas algumas pacientes podem optar por sedação, em ambiente hospitalar. A colocação pode ser feita em qualquer período do ciclo menstrual. Não precisa estar menstruada.
3. Procedimento:
- A paciente é posicionada em uma mesa ginecológica.
- O ginecologista introduz um espéculo vaginal para visualizar o colo do útero.
- O colo do útero é higienizado e o DIU é inserido através de um aplicador, passando pelo colo até chegar ao útero.
- Após a inserção, o médico ajusta o tamanho do fio do DIU, que fica 0,5 cm para fora do colo do útero, permitindo sua futura remoção.
4. Duração: O procedimento geralmente leva entre 10 a 15 minutos.
5. Recuperação: Após a colocação, é comum sentir cólicas leves. O ginecologista pode recomendar o uso de analgésicos. A maioria das mulheres pode retomar suas atividades normais logo após a implantação, mas deve evitar relações sexuais ou uso de absorventes internos por alguns dias, conforme orientação médica.
Possíveis efeitos colaterais:
- Cólica e desconforto: Especialmente nos primeiros dias após a inserção.
- Alterações no ciclo menstrual: O DIU hormonal pode reduzir o fluxo menstrual ou até suspender a menstruação, enquanto o DIU de cobre pode aumentar o fluxo e a intensidade das cólicas nos primeiros meses, porém esse efeito costuma ser temporário.
- Expulsão: Em raros casos, o DIU pode ser expulso pelo corpo.
- Aumento da acne: em alguns casos, especialmente com DIUs hormonais.
Quem não pode usar o DIU?
Existem algumas situações em que o DIU não é recomendado, como:
- Deformidades uterinas: como o útero Didelfo.
- Câncer do colo do útero: o DIU não deve ser inserido em mulheres com câncer do colo do útero.
- Doenças inflamatórias pélvicas: o DIU pode aumentar o risco de complicações em mulheres com essas doenças.
- Gravidez: o DIU não deve ser inserido em mulheres grávidas.
A escolha de colocar o DIU deve sempre ser discutida com um ginecologista para verificar se é a melhor opção contraceptiva para você, considerando seu estado de saúde, estilo de vida e necessidades contraceptivas.
O que é a Labioplastia
06.05.2024
Dra. Greice Kelly Araújo de Sá
O que é a Labioplastia
A labioplastia, também conhecida como ninfoplastia, é um procedimento cirúrgico que visa modificar o tamanho, o formato ou a simetria dos lábios vaginais e capuz clitoriano. Essa cirurgia é realizada para fins estéticos ou para aliviar desconfortos físicos, como irritação, dor durante o contato sexual ou a prática de atividades físicas, e até mesmo problemas com a higiene íntima.
Porque fazer a Labioplastia?
- Razões estéticas: Muitas mulheres buscam a labioplastia para alcançar um padrão de beleza mais alinhado com suas expectativas. Com correção de assimetria e retirada de área escurecida.
- Desconfortos físicos: A cirurgia pode aliviar a irritação, dor e incômodo causados por lábios vaginais grandes ou assimétricos;
- Melhora da autoestima: Sentir-se mais confiante com a própria imagem corporal pode ter um impacto positivo na qualidade de vida e sexualidade;
- Funcionais: Em muitos casos, os lábios vaginais aumentados podem causar desconforto ou dor durante atividades diárias como caminhar, andar de bicicleta, praticar esportes ou ter relações sexuais. Esse aumento pode ser congênito, resultado de alterações hormonais ou até decorrente de fatores como o parto.
Como é feita a cirurgia?
A labioplastia é um procedimento relativamente simples, realizado sob anestesia local, sedação ou raquianestesia, dependendo da complexidade do caso. Hoje em dia, com o avanço da tecnologia médica realizamos no próprio consultório com uso do Wavetronic ou laser. O cirurgião remove o excesso de tecido dos pequenos lábios, modelando-os de acordo com o desejo da paciente. A incisão é feita na parte interna dos lábios, deixando as cicatrizes praticamente invisíveis. Existem várias técnicas para realizar a labioplastia, incluindo:
- Ressecção em cunha: Retirada de um fragmento em forma de V dos lábios para reduzir o tamanho, preservando a borda natural.
- Ressecção linear: Corte direto ao longo da borda dos lábios para remover o excesso de pele.
Recuperação:
A recuperação da labioplastia envolve um período de repouso, em que a paciente deve evitar atividades físicas intensas e relações sexuais por, geralmente, 4 semanas e é recomendável o uso de analgésicos e antinflatórios após o procedimento.
Riscos e complicações
Como qualquer cirurgia, a labioplastia apresenta alguns riscos, como:
- Infecção: É importante manter a região limpa e seguir as orientações médicas para evitar infecções.
- Hematoma: Acúmulo de sangue na região, que pode ser resolvido com drenagem.
- Cicatrização inadequada: Em alguns casos, pode ocorrer formação de cicatrizes hipertróficas ou queloides. Esse risco diminui quando utilizamos o Wavetronic ou laser.
- Perda de sensibilidade: É um risco raro, mas pode ocorrer em alguns casos e normalmente reversível.
É Importante Consultar um Profissional
Antes de realizar a labioplastia, é fundamental consultar um ginecologista especializado em cirurgia íntima. O médico irá avaliar suas expectativas, realizar um exame físico e esclarecer todas as suas dúvidas.
Conclusão
A labioplastia é uma cirurgia que pode trazer diversos benefícios para as mulheres que desejam melhorar sua autoestima e qualidade de vida. No entanto, é importante ter em mente que a cirurgia não é a solução para todos os problemas e que cada caso deve ser avaliado individualmente. Converse com sua ginecologista.