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"Dra. Mariana Almeida"

A importância do acompanhamento nutricional na Cirurgia Bariátrica
19.08.2020
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
A obesidade é uma doença crônica não transmissível, que vem atingindo milhões de pessoas no Brasil e no mundo, aumentando os índices de comorbidades associadas a ela como, por exemplo, diabetes, hipertensão, esteatose hepática, apneia do sono, doenças ortopédicas, doenças cardiovasculares, dislipidemias, refluxo, gastrite, entre outras. Por esse motivo, atualmente, a cirurgia bariátrica tem sido o método mais eficaz para o controle dessa doença e suas consequências. As técnicas cirúrgicas mais utilizadas, hoje em dia, são a by pass e a gastrectomia vertical – sleeve. Após a operação, algumas mudanças acontecem no corpo e no metabolismo, independentemente da técnica utilizada, podendo surgir algumas deficiências de macro e micronutrientes. A importância da orientação nutricional do paciente que vai ser submetido à cirurgia bariátrica vai muito além da emissão do laudo ou só da primeira consulta. Esse acompanhamento é dividido em pré-operatório, pós-operatório e reeducação alimentar continuada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCBM), o uso de suplementação é feito nos meses iniciais do pós-operatório. Através do acompanhamento com o nutricionista, o paciente saberá a forma e o tipo correto para utilizar. Em alguns casos, são feitas suplementações de nutrientes isolados, dependendo da carência do paciente. O obeso, devido a sua alimentação rica em gorduras e açúcares, e baixo aporte de vitaminas e minerais, na maioria das vezes, apresenta deficiências nutricionais, antes da cirurgia. Essas carências são corrigidas ainda no pré-operatório, para melhorar a recuperação e a cicatrização. Além disso, também é importante que haja uma mudança de hábitos, como a mastigação correta e a redução do consumo de alimentos industrializados. O paciente precisa entender as mudanças que vão ocorrer no seu corpo. Comumente, no consultório, surgem perguntas como “vou passar fome?” “vou ficar sem cabelo?” “vou ficar sem dente?”. Há uma gama de pessoas que acreditam que isso, de fato, pode acontecer após a cirurgia. Os profissionais da área da saúde, no entanto, entendem que esses questionamentos não passam de mitos. É muito importante que o paciente apresente compromisso e que mantenha o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, sempre com orientações sobre alimentação, níveis de ansiedade e outros, podendo assim, prevenir problemas nutricionais futuros. A cirurgia bariátrica vem ajudando a trazer qualidade de vida para pessoas que não estavam mais dispostas a tentar outros métodos, mas é preciso entender que esse procedimento não é um milagre. Essa cirurgia necessita de atenção pós-operatória, por isso, é importante que o paciente esteja alinhado aos cuidados de um nutricionista.

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Deficiência de Vitamina D
19.08.2020
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
As vitaminas são micronutrientes que não podem ser sintetizados pelo organismo, sendo indisponível a sua ingestão através dos alimentos, são classificadas em dois grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis, a vitamina D é Lipossolúvel e tem ação em múltiplos órgãos e tecidos. No metabolismo ósseo já é conhecida há anos, mas recentemente tem sido estudado suas ações no músculo, cérebro, próstata, mama, cólon, coração, células do sistema imune, pâncreas e sistema vascular. O termo vitamina D refere-se a dois fatores – colecalciferol (ou vitamina D3) e ergocalciferol (ou vitamina D2). A Vitamina D3 pode ser obtida pela ingestão de alguns alimentos, encontrando-se presente em certos peixes, tais como salmão, cavala e arenque. A Vitamina D2 é obtida da irradiação por raios UV da levedura esterol ergosterol e é encontrado em fungos e cogumelos expostos à luz solar. A produção de vitamina D através da pele é bastante variável dependendo da pigmentação, sendo consideravelmente mais baixos na raça negra que na raça branca, 30 minutos de exposição corporal ao sol, rapidamente originam vitamina D suficiente. As fontes alimentares de vitamina D são escassas e os seres humanos dependem principalmente da síntese cutânea, vários estudos têm apoiado o fato de que a deficiência de vitamina D atua não apenas como um fator de predisposição para o desenvolvimento de artrite reumatoide e do lúpus eritematoso sistêmico, mas também pode intensificar a gravidade e atividade das doenças autoimunes. Baixos níveis de vitamina D têm sido associados a lesões dos vasos sanguíneos principais que irrigam o cérebro, tronco cerebral e a medula espinhal superior. A sua deficiência estava relacionada a funções do metabolismo do cálcio, a possibilidade da existência de efeitos extraesquelético ocorreu após a descoberta do receptor da vitamina D (VDR) em tecidos que não estão envolvidos no metabolismo do cálcio (como exemplo, pele, placenta, mama, próstata e células do câncer de cólon) e a identificação da enzima 1?-hidroxilase em tecidos extrarenais. A melhor forma de manter bons níveis de vitamina D, como orienta a Organização Mundial da Saúde, é a exposição ao sol, São os raios UV que estimulam a produção da substância na pele. O organismo tem mecanismos de controle para a síntese da vitamina, e, por isso, aqui não há riscos. É evidente que tempo demais sob o sol (e sem proteção adequada) continua contraindicado. A exposição solar é importante para a saúde, mas, como em tudo na vida, devemos prezar pelo equilíbrio. Por tanto, para se ter o acompanhamento correto dessa e de outras carências, procure um nutricionista, para te orientar sobre a melhor forma em relação a alimentação e a suplementação. É muito importante que nesses casos o acompanhamento seja periódico, para não vir a te causar problemas futuros.

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Relação entre Obesidade e Câncer, como prevenir?
22.06.2021
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
A Obesidade é uma doença inflamatória que vem, de forma acelerada, avançando em todo o mundo. Estima-se que mais da metade da população brasileira esteja com excesso de peso e com obesidade, ainda, futuras projeções apontam que em até 2025 o número de pessoas com obesidade aumentará para 2 bilhões. O indivíduo obeso apresenta um excesso no volume de gordura corporal e/ou visceral, ocasionado, algumas vezes, por falta de exercícios físicos, por alimentação inadequada ou por alterações metabólicas e hormonais. O Câncer é uma doença silenciosa que consiste em uma enfermidade crônica, é identificada pelo crescimento desordenado das células, resultando, assim, alterações genéticas. Alguns fatores podem favorecer o seu desenvolvimento, como obesidade, padrões alimentares inadequados, como a ingestão elevada de embutidos (ex: salsicha, linguiça, presunto etc.) ou até mesmo de substâncias carcinogênicas, como produtos com carvão e com amianto. A relação entre a obesidade e o câncer é bastante complexa, algumas pesquisas observaram que no organismo de pessoas obesas ocorre liberação de diversos mediadores bioquímicos, que são secretados na circulação e podem possibilitar a proliferação do câncer. Não existe nenhum alimento capaz de prevenir o surgimento do câncer, mas a combinação correta de alguns pode estimular o seu sistema imunológico a lutar contra essa doença. A alimentação tem o efeito preventivo, quando não há diagnóstico, porém, quando houver, ela se torna parte do tratamento. Alimentos, como o farelo de aveia, que é rico em vitamina B6, pode reduzir o risco do câncer de pulmão, o azeite de oliva consumido in natura e a suplementação do óleo de peixe podem proteger contra o câncer de mama. Aproximadamente 35% dos diversos tipos de cânceres que existem, ocorrem devido a uma alimentação inadequada, rica em gordura saturada, em açúcares refinados e com baixo consumo de frutas, de verduras e de cereais. Algumas pesquisas apontam que uma alimentação adequada ajuda no tratamento da obesidade e previne o surgimento de novos casos de câncer. Alguns compostos denominados quimiopreventivos têm como função proteger contra o desenvolvimento do câncer. A maioria deles encontra-se disponível nos alimentos, como a isoflavona, encontrada na soja, o licopeno, no tomate, a quercetina, na maçã, o resveratrol, na uva e a antocianina, nas frutas vermelhas. Esses alimentos têm função antioxidante, ajudando também no tratamento da obesidade, já que cerca de 25% das mortes por câncer está relacionada a uma alimentação inadequada e à obesidade. O Ministério da Saúde revelou que 46,6% dos brasileiros estão com obesidade, um forte risco de câncer. Aos pacientes com diagnósticos da doença faz-se extremamente necessário o acompanhamento constante com uma equipe multidisciplinar, pois os diversos benefícios na mudança do estilo de vida para o tratamento da obesidade e prevenção do câncer são notáveis. Portanto, a mudança no estilo de vida é de suma importância, para que possamos combater a obesidade e lutar contra esse mal chamado câncer.

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Cuidado Nutricional nas Doenças Inflamatórias Intestinais
27.09.2021
Dra Mariana de Almeida Ferreira do Carmo
As Doenças Inflamatórias intestinais (DII) são doenças crônicas que afetam o trato gastrointestinal. As mais comuns são a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI). Não se sabe exatamente as causas das DII, mas sabe-se que existe relação entre fatores genéticos, ambientais e imunes. Os sintomas gastrointestinais característicos da doença podem levar a perda de peso severa, causando desnutrição, deficiências de proteínas, vitaminas e minerais, comuns na fase aguda da doença de Crohn. Na RCUI existem deficiências especificas, como anemia e ferro. De 70% a 80% dos pacientes perdem peso durante a doença, levando a algum grau de comprometimento nutricional. A prevalência da desnutrição fica em torno de 23% dos pacientes clínicos e 85% dos hospitalizados. O cuidado nutricional é de extrema importância para qualquer doença inflamatória intestinal, tanto para prevenção como para tratamento. Estudos já observaram que a obesidade e o aumento da gordura visceral - maior acúmulo de gordura entre os órgãos - estão possivelmente relacionados ao desenvolvimento da doença. Alguns estudos afirmam que uma alimentação rica em açúcares, gorduras, baixo teor de fibra, baixa ingestão de água e o alto consumo de produtos industrializados, por conter componentes irritantes da mucosa intestinal, podem ser fatores de risco para o aparecimento ou agravamento da doença. O Acompanhamento nutricional nas doenças inflamatórias intestinais é de extrema importância, pois tem como objetivos o controle dos sintomas, prevenção e correção da desnutrição e de possíveis deficiências nutricionais, tal qual a redução de sequelas, em longo prazo, como, por exemplo, a osteoporose. É comum esses pacientes durante o tratamento não se alimentarem bem, por isso a importância de uma consulta nutricional, pois nesses casos precisa-se de suplementação para evitar a piora da doença, podendo levar esse paciente ao óbito em casos extremos. Ainda não se sabe ao certo o tratamento eficaz para a doença. Porém o que se sabe é que uma alimentação adequada, rica em fibras, gorduras boas, suplementação adequada, alto consumo de frutas e verduras, atividade física, consumo adequado de água podem não só prevenir, bem como ajudar no tratamento. Alguns estudos apontam o uso de probióticos e simbióticos para o tratamento das doenças inflamatórias intestinais, porém sem confirmação total de suas eficiências. Uma equipe multiprofissional, nesses casos de doenças relacionadas ao intestino, com acompanhamento periódico de exames laboratoriais e de imagem, ajudam não só a promover mais saúde, como prevenir o seu agravamento. Consulte um nutricionista especializado em tratamento da obesidade. Assim como foi visto em muitos estudos, excesso de gordura pode levar, além do aparecimento das doenças inflamatórias intestinais, várias outras doenças crônicas.

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