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"Dra. Márcia Fonseca"

Medicina do Estilo de Vida: “Um Novo Olhar no Cuidado com o Ser Humano”
22.09.2020
Dra. Márcia Fonseca
A Medicina do Estilo de Vida é uma prática clínica baseada em evidências científicas onde mudanças do estilo de vida (como atividade física, nutrição, gerenciamento do estresse e sono adequado) são utilizadas para prevenir, tratar e até mesmo reverter a progressão de doenças crônicas, tendo como foco não apenas a consequência, mas a causa do problema. O profundo conhecimento da Fisiologia Humana e Regulação Hormonal, aliado à aplicação dos conceitos da Medicina Ortomolecular são fundamentais para avaliar o grau de equilíbrio (ou desequilíbrio) do organismo em sua totalidade, evitando ou minimizando os efeitos deletérios do estresse celular decorrentes da própria geração de energia (estresse oxidativo) ou da resposta celular às agressões do meio externo (estresse inflamatório). Muitas doenças da era moderna são decorrentes da adoção de hábitos nocivos ao longo da vida, incluindo alimentação com excesso de sal, açúcar, processados e embutidos (junk food); ainda, o uso de novas tecnologias e até a falta de segurança na convivência em espaços ao ar livre, contribuindo para o sedentarismo; exigências da sociedade para o cumprimento de múltiplas tarefas, mercado de trabalho altamente competitivo, gerando sobrecargas e estresse, distúrbios de sono, tabagismo e etilismo; uso indiscriminado de medicamentos para curar sintomas e não a raiz do problema, ocorrendo o surgimento de novos efeitos colaterais que deverão ser tratados por novos remédios. Todos estes fatores contribuem para a formação de um terreno propício para o surgimento de doenças degenerativas crônicas, de evolução silenciosa, que podem acometer diversos órgãos, principalmente o cérebro, aparelho cardiovascular e sistema imunológico, a chamada Inflamação Subclínica não Infecciosa. Podemos incluir neste grupo a Hipertensão arterial, Diabetes mellitus, AVC, Infarto Agudo do Miocárdio, Mal de Alzheimer e até o Câncer. Os desgastes da função celular, levando à redução do desempenho (performance), podem ser de ordem física, mental e emocional, de intensidades variáveis e acometem pessoas de qualquer faixa etária, mas a redução gradual da produção hormonal por diversas glândulas endócrinas inicia-se a partir dos 30 anos, culminando esta queda entre os 45 e 55 anos, fase conhecida como Climatério para as mulheres, e Andropausa para os homens. Inúmeros estudos científicos na área de Nutrição descrevem a influência da constituição genética de um indivíduo alterando sua resposta à dieta (Nutrigenética) e ainda o papel dos nutrientes na expressão do gene (Nutrigenômica). Assim, através do mapeamento (Genotipagem) do paciente, é possível o médico identificar o padrão de dieta e suplementação ideais, e ainda a suscetibilidade a várias doenças, sendo considerada ferramenta de alta sensibilidade na previsão de riscos, e assim, direcionar medidas eficazes no “silenciamento” dos genes envolvidos na gênese de várias disfunções. A avaliação completa do estado de saúde do paciente inclui um interrogatório sobre suas atividades cotidianas, hábitos alimentares, sintomas digestivos (queimação, distensão abdominal, diarreia, constipação), atividade física (tipo, frequência, condicionamento físico), nível de energia, desempenho cognitivo e sexual, sono, humor, variações de peso, por exemplo. Exame físico, laboratorial, bioimpedância tetrapolar e em alguns casos específicos, solicitação do parecer de especialistas, complementam a propedêutica do paciente. Ao final da consulta, o paciente recebe todas orientações detalhadas é convidado a participar ativamente do processo de reeducação dos hábitos de vida, pois este é um processo de transformação que necessita da sua motivação e total engajamento para que obtenha os resultados esperados. As medidas terapêuticas empregadas são individualizadas e compreendem formulações que promovem equilíbrio hormonal, metabólico e detoxificação, a fim de restabelecer a função plena de todos os sistemas afetados. A participação de equipe multiprofissional, incluindo nutricionista, psicólogo e educador físico são relevantes na orientação, acompanhamento e avaliação do paciente que, muito frequentemente necessita de redução de peso e melhora da composição corporal (melhora de massa muscular e taxa metabólica basal), pois o trabalho integrado reduz os riscos de desistência do programa. A prevenção de doenças e a busca por uma vida plena, abundante, com autonomia e equilíbrio, ou simplesmente, viver em harmonia com a Natureza, o seu Eu e o Outro, são os pilares da Medicina do Estilo de Vida.

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Menopausa: Um Divisor de Águas na Vida da Mulher
17.09.2020
Dra. Márcia Fonseca
O ciclo menstrual é regido por hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos, podendo sofrer interferência ainda dos hormônios tireoidianos, que têm ação regulatória sobre todos os sistemas. Também as emoções, atuando sobre o córtex cerebral, podem determinar bloqueio central sobre a ovulação e, consequentemente, interferir nos níveis hormonais femininos. A repetição mensal desse processo de maturação dos folículos ovarianos, por estímulo de tais substâncias, ao longo da vida reprodutiva da mulher, gera esgotamento gradual e progressivo do estoque de células viáveis. Em torno da 4ª década de vida, há redução em mais de 80% da reserva do estroma ovariano, isto é, há interrupção dos chamados ciclos ovulatórios, trazendo, como consequência, infertilidade e irregularidades menstruais, por deficit de progesterona e, em fase posterior, por queda da produção de estradiol, surgimento dos fogachos, pele e cabelo secos, perda da elasticidade vaginal, insônia, baixa da libido e alteração de humor. Esses sintomas são variáveis de mulher para mulher, dependendo de fatores genéticos, de hábitos de vida, da presença de comorbidades e do preparo psicológico, diante de tabus em torno do significado da menopausa. Há uma ideia amplamente difundida de que a mulher de 50 anos ou mais (idade em que acontece geralmente a parada da menstruação) perde sua capacidade reprodutiva, feminilidade e sexualidade, de forma irreversível e imponderável. Todo esse quadro gera muita insegurança e sentimento de caos na mulher, muitas vezes reforçados por quem já viveu essa fase e não foi assistida adequadamente pelos profissionais que teriam a responsabilidade de ouvir, de diagnosticar corretamente e de oferecer uma solução individualizada e estratégias eficazes para a mudança do estilo de vida. O mito de que a menopausa é o começo do fim se baseia numa crença fortemente limitante, criada e mantida por uma sociedade machista, que condenou, por muito tempo, a mulher a um comportamento passivo e de total impotência e aceitação dos sintomas e doenças decorrentes da perda hormonal da pós-menopausa. A medicina, através dos métodos diagnósticos, cada vez mais, sensíveis e específicos, permite traçar o estado de deficiência hormonal, a presença de fatores de risco para as doenças inflamatórias não transmissíveis, achados suspeitos de câncer, o que torna muito seguro o tratamento hormonal, desde que haja um acompanhamento regular da paciente. Os tratamentos consistem em reposição de hormônios isomoleculares, com doses individualizadas, de acordo com a necessidade de cada paciente, por via transdérmica ou através de implantes subcutâneos, evitando, assim, a primeira passagem hepática. Nas pacientes que têm contraindicação absoluta ao uso de hormônios, há o recurso da medicina ortomolecular e ainda o laser íntimo, que melhora o trofismo local, devolvendo a elasticidade e a lubrificação vaginais e aumentando o tônus dos músculos do assoalho pélvico, contribuindo para a vida sexual plena e correção da incontinência urinária leve. Na verdade, a mulher atual de 50 anos ou mais desenvolveu uma nova visão da menopausa: a que poder fazer o melhor por si, por ter maior disponibilidade de tempo, por estar mais madura e consciente de suas potencialidades e do seu desejo de atingir saúde e performance máximas. Pode-se dizer que a menopausa é, a princípio, uma crise que gera a oportunidade para um upgrade, para uma vida plena, para o 2º ato deste grande espetáculo da vida. Viva a sua menopausa com alegria, informe-se, empodere-se!

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Protocolos de Tratamento da Ginecologia Integrativa
22.09.2020
Dra. Márcia Fonseca
GINECOLOGIA INTEGRATIVA é a visão holística aplicada na assistência à saúde da mulher, e o termo integrativo refere- se à atenção do indivíduo em sua totalidade, isto é, físico, mental, psicológico, espiritual e social.Assim, o Ginecologista Integrativo está atento a vários aspectos da vida da paciente e não apenas ao exame do aparelho reprodutor (vulva, vagina, útero, trompas e ovários). A saúde preventiva, diferente da medicina curativa, busca resultados a longo prazo através da adoção de hábitos saudáveis, pois as escolhas diárias têm um peso considerável para acelerar ou retardar o surgimento de doenças e até a qualidade do envelhecimento. O ginecologista integrativo acolhe a mulher sem julgamentos, ouve com atenção, apoiando em sua complexidade física e emocional, pois cada paciente é um ser único, com suas alegrias, medos, dores, dúvidas, sonhos e motivações. Usando técnicas de coaching, desperta em sua paciente sentimentos de auto-responsabilidade e desejo de mudança para criar metas de saúde, auxilia no processo de autoconhecimento e crescimento pessoal, valorizando suas conquistas.Após doença já instalada, a Ginecologia Integrativa apresenta opções diferenciadas de tratamento, baseadas na correção dos desequilíbrios da fisiologia humana, com protocolos individualizados para cada patologia: 1 - Sangramento Disfuncional do Endométrio, irregularidade menstrual causada por alterações dos hormônios sexuais (estrogênio ou progesterona). O tratamento consiste, pela visão integrativa, na correção do desequilíbrio hormonal, seja por deficiência de progesterona ou de ambos, estrogênio e progesterona, com reposição hormonal bioidêntica através de protocolos cíclicos ou contínuos combinados, de acordo com desejo ou não de menstruação, além de vitaminas, sais minerais e probióticos, antioxidantes/ anti-inflamatórios naturais no combate à dor. 2 - Dismenorréia, ou menstruação dolorosa, pode ser primária (presente desde a menarca) e secundária (causas orgânicas, como endometriose, miomatose, adenomiose, doença inflamatória pélvica, etc). O tratamento, em ambos os casos, visa o alívio imediato do quadro doloroso, com uso de anti-inflamatório naturais inibidores de prostaglandinas, acupuntura, compressas mornas e redução da ansiedade, sendo que na dismenorreia secundária é necessário tratar a causa específica, isto é, a patologia adquirida. 3 - Tensão Pré-menstrual é o surgimento cíclico de sintomas físicos e psíquicos que se iniciam no final do ciclo e desaparecem nos primeiros dias do fluxo menstrual. Sua origem está ligada a desequilíbrio do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e hipotálamo-hipófise- supra-renal, levando à retenção hídrica e resposta inadequada ao estresse; e dos níveis de endorfinas e neurotransmissores, provocando sintomas neuropsíquicos.A Ginecologia Integrativa dispõe de um grande arsenal terapêutico, de acordo com o grupo de sintomas:- TPM TIPO A: ansiedade, labilidade emocional;-TPM TIPO C: cefaleia, compulsão por doces (chocolates);-TPM TIPO D: depressão, fadiga;-TPM TIPO H: retenção hídrica, aumento de peso, dor mamária e edema de membros inferiores. 4 - Síndrome dos Ovários Policísticos é um quadro hiperandrogênico com sinais variados, sendo os mais comuns o hirsutismo (excesso de pelos faciais e corporais), acne, ciclos menstruais irregulares (com intervalos longos e até amenorreia), ganho de peso (obesidade central), infertilidade e ovários aumentados com numerosos pequenos cistos facilmente identificados ao ultrassom. Atinge 15 a 20% das mulheres em idade fértil. A resistência a insulina ocorre em 50 a 70% das mulheres com SOP, e é responsável por estimular a produção ovariana e periférica de andrógenos, daí ressaltar a importância do controle do peso para a prevenção e regressão desta condição clínica. O diagnóstico é clínico, laboratorial e por ultrassom pélvico, e o tratamento baseia-se principalmente na mudança de estilo de vida, incluindo dieta low-carb e exercícios aeróbicos associados a treino de força para redução de peso, e protocolo específico para redução da resistência à insulina. 5 - Endometriose é uma patologia ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do seu habitat normal (cavidade uterina), com produção estrogênica local a cada ciclo menstrual, predispondo a cronicidade. Clinicamente, se manifesta por dismenorréia (dor menstrual), dispareunia (dor no ato sexual), dor pélvica e infertilidade, e sua prevalência é de 6-10% das mulheres em idade reprodutiva, em 38% das mulheres com infertilidade e em 80% das mulheres com queixa de dor crônica menstrual. O tratamento tem como objetivos principais o alívio da dor, restauração da fertilidade e controle da evolução da doença e baseia-se na redução da atividade estrogênica promovendo amenorreia (ausência de menstruação). Sendo uma doença inflamatória, com exacerbação da resposta imunológica local, isto é, um processo auto-imunitário, a Ginecologia Integrativa apresenta protocolo de tratamento hormonal bioidêntico de uso contínuo com objetivo de bloquear a produção de novos focos, e ativos ortomoleculares que reduzem a resposta inflamatória, com eficácia comprovada no alívio da dismenorreia e da dor pélvica. 6 - Climatério é a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, e a menopausa é simplesmente, a última menstruação, que ocorre por volta dos 50 anos. Se manifesta por calores, perda de libido, alterações de humor, além de aumento de peso e alterações da pressão arterial e laboratorial. São sintomas decorrentes da diminuição hormonal progressiva por falência da função ovariana, condição responsável por queda significativa da qualidade de vida da mulher se não forem corrigidos de forma eficiente e segura. A Ginecologia Integrativa tem aqui a grande oportunidade de promover, de acordo com a vontade e disponibilidade da mulher e ausência de contraindicações, importantes mudanças no estilo de vida. Os protocolos de reposição dos hormônios bioidênticos devolvem bem-estar, disposição, satisfação sexual, sono e memória, e ainda melhora composição corporal e reduz o risco de doenças metabólicas, quando associados a adoção de boas práticas de vida, incluindo alimentação, atividade física e boa gestão do estresse.

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Menopausa Vida Plena após os 50!
22.09.2020
Dra. Márcia Fonseca
Por muito tempo, e até os dias de hoje, a palavra menopausa soou aos ouvidos da mulher como uma grande ameaça, um verdadeiro divisor de águas, a partir do qual ela se tornaria velha, gorda, chata e assexuada, além de ser brindada com doenças próprias do envelhecimento e induzidas por herança familiar. Acreditava-se em uma determinação genética e cronológica fatais, contra o que não haveria saída, exceto a resignação, e admitir que já é de outro tempo, cujo declínio iniciou nos “enta”. Para esclarecer melhor os eventos deste período tão marcante na vida da mulher, convém definir climatério, a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, que difere de menopausa, que é simplesmente a última menstruação (que ocorre geralmente, entre os 45 e 55 anos). A síndrome climatérica é o elenco de sintomas que se manifesta nesta fase, e a maior causa do declínio na qualidade de vida da mulher, pois interfere no trabalho e nas atividades do cotidiano, inclusive nos seus relacionamentos e vida sexual. Por não ser uma condição fatal, ou talvez por não ser devidamente compreendida (a paciente climatérica é considerada “poliqueixosa”), desperta pouco interesse clínico, e o impacto social é subestimado. Mas, ao contrário, este é um momento importante, que deve ser valorizado por médicos e demais profissionais de saúde, com atenção especial à mulher, que deve ser ouvida sobre os seus problemas. É a oportunidade que se tem para corrigir desníveis hormonais e hábitos nocivos, e contribuir para a prevenção e controle de doenças relacionadas ao ganho de peso; É ainda um momento valioso para apresentar novos conceitos para uma vida equilibrada. Essa escuta atenta oportuniza também a identificação de fatores de risco para doenças degenerativas, prevenção de câncer, dislipidemias e disfunção sexual. Tentar amenizar estes males (estresse, insônia, ganho de peso, oscilação da pressão arterial, refluxo gastroesofágico, dores articulares, ressecamento vaginal, infecções urinárias recorrentes, por exemplo) apenas com medicações que atuam nos efeitos gera uma dependência medicamentosa (antidepressivos, anti- inflamatórios, inibidores de apetite, indutores do sono, etc) sem corrigir a causa maior: no caso do climatério, a deficiência hormonal de várias glândulas. Sem dúvida, a terapia hormonal individualizada, na dose e indicação bem avaliadas pelo médico, com uso de hormônios isomoleculares (mesma estrutura química dos hormônios humanos), em especial, estradiol e progesterona é o padrão-ouro no tratamento dos sintomas do climatério. Associados a outros hormônios, constituem os instrumentos desta orquestra, verdadeira obra de arte da fisiologia feminina, cujo resultado revela harmonia e bem-estar, que toda mulher tem o direito de buscar e atingir. É o seu momento, é sua chance maior para retomar o controle sobre suas decisões, desenvolver empoderamento sobre si mesma, e construir um modelo de vida saudável após os 50 anos. Muitas surpresas positivas surgirão, podendo sim ser este um momento de “crise positiva”!

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Implantes hormonais, a forma mais moderna e segura de oferecer vida e energia à mulher
29.12.2020
Dra. Márcia Fonseca
A mulher passa por diversas fases de sua vida, nas quais pode haver alterações fisiológicas ou patológicas que requeiram terapia hormonal, isto é, a reposição de hormônios, como estradiol, testosterona e gestrinona, sendo a composição de acordo com o objetivo do tratamento. Na perimenarca, podem ocorrer sangramentos uterinos anormais, dismenorreia e situações de hiperandrogenismo com acne e hirsutismo, patologias que podem ser tratadas com a administração de hormônios. A menstruação pode trazer muitas manifestações desagradáveis e consequências bastante negativas à qualidade de vida da mulher. O bloqueio da ciclicidade menstrual através da terapia com implantes subcutâneos constitui uma ferramenta de tratamento oportuna e necessária para diversas situações. Em patologias benignas do aparelho genital, como endometriose (que pode causar dor pélvica crônica e esterilidade) e miomatose (hemorragias, anemia, esterilidade), a suspensão da menstruação será muito eficaz. Na síndrome da tensão pré-menstrual, em que a mulher sofre um quadro que dificulta sua vida conjugal, familiar e até profissional, devido aos sintomas emocionais (compulsão alimentar, cansaço, depressão, irritabilidade, ansiedade, insônia) e físicos (cefaleia, acne, aumento de peso, mastalgia, distensão abdominal, dores musculares). A partir da 4ª década de vida, é comum a mulher já apresentar deficiência de testosterona, levando à queda da libido e à perda de força muscular e de desempenhos físico e mental. Entretanto, será na menopausa, por volta dos 50 anos, que a falência ovariana definitiva causará queda generalizada e progressiva de todos os hormônios sexuais, e a mulher vivenciará a maior crise de toda a sua vida. Aqui, os implantes hormonais têm sua melhor indicação, dando o suporte adequado aos distúrbios do climatério, com o controle de sintomas, como fogachos, insônia, fadiga e queda da libido e da lubrificação vaginal, além de prevenir osteoporose e distúrbios urinários. Devemos ter em mente que a nova mulher, 50+, é mais ativa, vaidosa, pratica esportes, é produtiva física e intelectualmente e valoriza bem mais a sua sexualidade que a mulher de outrora. Se imaginarmos que a expectativa de vida da mulher brasileira está acima dos 80 anos, sem a terapia hormonal, ela teria mais 30 anos de sua vida em péssima qualidade, além de doenças do envelhecimento (doenças metabólicas, sobrepeso, doenças cardiovasculares), também causadas, em parte, pelo declínio hormonal. Ou seja, em cada fase da vida da mulher existem distúrbios hormonais próprios, que devem ser corrigidos, individualmente, após criteriosa avaliação de um ginecologista com conhecimento e experiência no manejo da terapia hormonal feminina. Os implantes hormonais consistem em uma via de administração de hormônios, sob a forma de pequenos tubos flexíveis de silástico semipermeáveis, que medem de 4 a 5cm de comprimento e são colocados preferencialmente na região glútea, sendo um procedimento simples, feito com anestesia local. O hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e em baixas doses, por um período de 6 meses a 1 ano, a depender do implante. A terapia por implante hormonal apresenta diversas vantagens: • São usados hormônios bioequivalentes (iguais aos produzidos no organismo) • As doses usadas nos implantes são mais baixas e eficazes, minimizando os efeitos colaterais das terapias em altas doses • Por ser uma via subcutânea, evita-se um risco maior de hipertensão, de coagulopatias e de alterações do perfil lipídico, provocados pela metabolização hepática da via oral • A terapia se torna mais prática e segura, sem risco de esquecimento, como nas terapias diárias, favorecendo a adesão ao tratamento • Maior individualidade da terapia, com dose e combinação de acordo com a necessidade, permitindo uma maior eficácia no tratamento Em relação às restrições aos implantes hormonais, os cuidados existem, como em qualquer via de administração de medicamentos. Por isso, a paciente deve ser avaliada quanto ao seu estado de saúde, às queixas, aos exames laboratoriais, mamografia e USG transvaginal, aos fatores de risco genético e aos hábitos de vida. Não é o hormônio que oferece risco, mas o seu desequilíbrio, a falta ou o excesso. O mau uso dos hormônios, como de qualquer outra substância, pode ser prejudicial à saúde, e o profissional habilitado está apto a abordar cada caso com o máximo de responsabilidade. Todos esses cuidados e a conscientização sobre o método visam também a evitar falsas expectativas de resultados estéticos, que dependem muito mais de um conjunto de fatores, como alimentação adequada, atividade física regular, hidratação, sono reparador, autocuidado da pele e dos cabelos, suplementação de vitaminas e de minerais, e claro, uma reposição hormonal bem planejada, especialmente, modulada e adequada a cada mulher.

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