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"Dra. Débora Oliveira "
4 Motivos para o seu filho não comer
21.09.2022
Dra. Débora Oliveira
Olá, mamães! Você sabe quais as principais causas das dificuldades alimentares? Não? Vou te passar de maneira resumida, ok?
As dificuldades alimentares podem acontecer por fatores multicausais incluindo:
- FISIOLÓGICOS: Quando a criança possui alguma condição ou doença que leva a recusa alimentar como transtornos gastrointestinais (esofagite, refluxo, gastrite, úlceras e feridas, inflamações, disbiose intestinal), alergias e sensibilidades, dificuldades orofaciais (hipotonia muscular, apraxia, cáries...) e deficiências nutricionais.
- COMPORTAMENTAIS: quando a criança possui interesse alimentar restrito, como monotonia alimentar, ritualismo, oposição, rigidez e neofobia alimentar;
- SENSORIAIS: quando a criança possui hipersensibilidade ou hiposensibilidade a texturas, temperatura, aparência, odor, ruídos característicos dos alimentos.
- PARENTAL: Em um estudo com mães e crianças, tanto o temperamento infantil quanto o materno foram apontados como gatilho para aumentar o risco das dificuldades alimentares.Pais e mães com sintomas de ansiedade e depressão, durante a gravidez e nos primeiros anos da criança os erros, exigência e negligência na alimentação.
É necessário uma avaliação com um profissional qualificado para identificar as possíveis causas e tratar cada uma.
Porque meu filho fala eca?
20.09.2022
Dra. Débora Oliveira
Você sabe qual o real significado do ECA! quando seu filho(a)fala? O que ele realmente quer expressar com essa palavra? No contexto comportamental sabemos que;
A princípio, todos nós podemos rejeitar qualquer tipo de alimento que não seja identificável como seguro (você comeria um alimento desconhecido sem antes pensar bem direitinho sobre o assunto?).
A criança, de fato, teve muito menos experiências com diferentes alimentos do que a grande maioria de nós, adultos e por isso pode ter desconfiança de quando lhe é apresentado algo que não consegue reconhecer ou identificar como seguro.
Um ponto muito importante é que muitas vezes a gente considera “novo” algo que simplesmente não fazia parte da rotina da criança. Mas esse “novo” pode ser em relação à textura, à forma, aparência e cheiro, se está junto ou misturado com algum outro alimento, ou até mesmo situações novas, como cozinhar de um jeito ou tempero diferente do que estava habituado!
O nojo é um sentimento real e útil, é só lembrarmos daquele filme “Divertidamente”, onde é mostrado todos os sentimentos que vivem em nossa cabeça e a forma como agem.
Inconscientemente, o nojo nos mantém longe de coisas que podem ser potencialmente perigosas para nossa saúde, e assim como todas as emoções, surge com grande intensidade na infância.
É de grande importância, oferecer variedade de alimentos, tornar o ambiente da refeição tranquilo.
Lembrem-se sempre: as crianças não nascem sabendo comer! Comer é aprendido!
Porém existem algumas particularidades como os sentidos, a palavra ECA também pode estar ligada a disfunções sensoriais e deve ser avaliada.
Seletividade Alimentar e Autismo qual a relação?
20.09.2022
Dra. Débora Oliveira
Muitas crianças com autismo apresentam seletividade alimentar, mas você sabe qual a relação da Seletividade Alimentar e Autismo?
Uma das características diagnósticas do autismo está relacionada a problemas de modulação sensorial da audição, visão, olfato, paladar e toque. Esse processamento sensorial anormal é considerado um dos fatores que contribuem para a Seletividade Alimentar. Os padrões são regidos pela aversão a alguns fatores, que podem envolver textura, cor, sabor, forma, temperatura e cheiro do alimento.
Por outro lado, quando não há fatores orgânicos identificáveis, a questão alimentar pode ser considerada como manifestação de interesses restritos e comportamento de rigidez, que também são características do autismo. A rigidez é caracterizada como a relutância em experimentar novos alimentos, ter um pequeno repertório de alimentos aceitos, não realizar as refeições em horários e locais diferentes, e até mesmo a resistência a apresentação de pratos e tipos de utensílios novos.
A identificação de alimentos adequados, a modificação das características sensoriais (exemplo: a textura) dos alimentos ofertados, o fornecimento de utensílios alimentares adequados, a modificação do meio ambiente (estímulos) e a incorporação de intervenções comportamentais de suporte podem ajudar a facilitar uma nutrição adequada, reduzir o estresse familiar nas horas das refeições e melhorar a saúde da criança.
Procurar ajuda de um profissional para te ajudar é a melhor solução.
O acompanhamento e tratamento adequado é indispensável.
Riscos da restrição alimentar!
20.09.2022
Dra. Débora Oliveira
A restrição alimentar compromete todo o organismo, deixando, portanto, o sistema imunológico fragilizado e causando diversos malefícios como: fraqueza, dores musculares, falta de energia, baixa produtividade, queda de cabelo, sonolência, irritabilidades, problemas na pele e intestinais.
Além de graves deficiências nutricionais na criança.
A maioria das crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo – TEA apresenta também diagnóstico de Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo. Isso porque as diferentes cores, cheiros, sabores e texturas dos alimentos podem tirá-las de suas zonas de conforto.
Como esses pacientes apresentam comportamentos restritivos, seletivos e ritualísticos, essas variações tendem a resultar em desinteresse e recusa para determinados alimentos, tendo mais predisposição a prejuízos nutricionais.
Procurar ajuda profissional é o primeiro passo para uma intervenção e tratamento dos prejuízos nutricionais.